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GRUPO POVO DE ARUANDA UBUNTU para todos nós



Olhem que texto mais interessante e rico em
reflexões:
A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz em Floripa, nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Como tinha muito tempo ainda até o embarque, ele então,
propôs uma brincadeira para as crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço
de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí, ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória
que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente, todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com
o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e os comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas tinham ido todas juntas, se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces. Elas simplesmente responderam:
"Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"

Ele ficou pasmo.Meses e meses trabalhando
nisso, estudando a tribo e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo... Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Muitas vezes trabalhamos em cima de uma idéia ou de uma convicção tão obsessivamente, para "ajudar"" aqueles que consideramos "carentes" ou para mudar os "ïnferiores"e não percebemos que eles têm o mesmo valor que nós. E até nos surpreendem, muitas vezes, com seu sentido ético e sua maneira de se relacionarem.
Falta ainda um pouco mais de tempo para compreendermos que não existe tal coisa como uma hierarquia cultural, ou seja, expressões culturais boas e más, certas ou erradas.
Na ação de cada gesto ou na consideração que fazemos do “outro,” só conseguimos olhar para o próprio umbigo e frequentemente nos vermos como modelo e referencial..
Olhamos as outras manifestações culturais, outros valores, outras práticas sociais pelo nosso prisma, com os valores da nossa cultura.
A isso a Sociologia e a Psicologia chamam de "etnocentrismo".

Ubuntu significa: Sou quem sou, por quem somos todos nós.
( autor não identificado).
Atente para o detalhe: por quem SOMOS, não pelo que temos...
Este texto nos faz um chamamento a que mudemos esta espécie de "superioridade" que damos a determinadas culturas e modos de ser ( geralmente a nossa própria), em detrimento de outros, para não mais agirmos considerando uma determinada cultura como "gabarito"cultural entre outras diferentes...
Na verdade, todos aprendem e crescem com todos, trocando, enriquecendo-se, complementando-se, participando..


Nada te perturbe,
Nada te espante,
Tudo passa,
Deus não muda,
A paciência tudo alcança;
Quem a Deus tem Nada lhe falta:.
Só Deus basta.


(Santa Teresa D'Ávila)


MÉDIUNS, ESPÍRITOS E ENTIDADES



Médium é aquele que tem a sensibilidade de sentir e intermediar o mundo espiritual. Vamos estudar mais aqueles que são usadas tradicionalmente, que são os de corporação e intuição. Existem vários tipos de mediunidade, como o de incorporação, de intuição, vidência ocular e intuitiva, psicógrafo, de efeitos físicos e mais uma porção de divisões. Como temos por objetivo a Umbanda, Por não sentir nenhuma vibração muita gente acha que não tem mediunidade. Acontece que muitas vezes a mediunidade ainda não foi mexida e ela fica adormecida até que uma energia qualquer, somada com a vontade e dedicação do médium, despertem essa sensibilidade. Existem pequenos sinais que são típicos de quem é médium. 
O primeiro deles é o medo. A pessoa tem medo porque acredita no mundo dos fantasmas, o mundo paralelo. Se ela crê nisso, é porque pressente a existência deles, não deixando de ser um sinal de fé. Aquele que não tem nenhuma sensibilidade, nada sente e nada percebe, é o que não tem medo. Arrepios, palpites e adivinhações, telepatia e outros dons semelhantes, são sem dúvida outra indicação da mediunidade. 

A fé e a vontade de conhecer o sobrenatural é um típico indicio da mediunidade. Conheci vários médiuns que faziam parte da corrente e não sentiam a mínima vibração, e após alguns anos tornaram-se excelentes médiuns de incorporação e consulta. O interessante que o médium necessita de uma religião, seja ela qual for. Tem pessoas que por comodismo dizem que acreditam em Deus e isso lhes basta. 
No fundo são médiuns, pessoas medrosas, que não têm a coragem de negar a existência do Criador, não por cultura religiosa, mas por inequívoca demonstração de recusarem um vinculo com as obrigações de um compromisso religioso. Os que mais sentem a manifestação dos espíritos junto de si, são os que, mais uma vez pelo medo, correm em busca das religiões para negarem a incomoda presença de um espírito junto de si. Existem manifestações dos espíritos em médiuns latentes tão impressionantes que se a família tiver preconceito com o espiritismo, acaba levando-os aos médicos e até a internação em hospitais psiquiátricos. Conheci dois irmãos, com 16 anos e com 14, que eram dominados por espíritos tão animalizados que derrubavam os meninos e os deixavam no chão como se fossem animais, e entravam em violenta briga através de mordidas e arranhões, mas nunca com gestos humanos. Sua mãe, uma simplória senhora, guardou um pé de arruda ao seu alcance para que quando isso acontecesse, fizesse uma benção mágica que tinham lhe ensinado. Feito isso, os dois irmãos avançaram sobre ela, com as mesmas características de animais ferozes, arrancaram de sua mão o pé de arruda e o pastaram – se assim pode ser explicado, o que fez com que ambos, pela toxidade da planta, tivessem que ter no dia seguinte de assistência médica para curar a dor de barriga. 

Esses irmãos após cuidadoso desenvolvimento mediúnico em nosso grupo, foram excepcionais médiuns, tanto que a moça incorporada deixava mensagens maravilhosas, toda ela em forma de poesia. Fiz essa pequena introdução, para chegarmos, por partes, até o método das incorporações. Vamos iniciar com os médiuns novos, ávidos da espiritualidade conhecida através dos trabalhos de um grupo. Prefiro exemplificar o médium comum, aquele que não tem nada lhe incomodando ou prejudicando que o faça procurar cura no espiritismo. É o médium que gostou e se empolgou com a religião e algo lhe puxa para dentro da corrente, alguma coisa dentro do seu coração que lhe induz a acreditar nos espíritos. O médium entra tímido, sente-se deslocado e algumas vezes até envergonhado, achando que todas as pessoas do terreiro a estão observando. Começa assim até ficar mais solto e à vontade, quando sente a vibração do terreiro e das linhas espirituais que estão trabalhando. 

Como sente arrepios, tonturas e até mesmo um certo descontrole, incorpora e sai andando no terreiro sem saber o que fazer. Aqui quero explicar às pessoas que os dirigentes, de qualquer terreiro, estão observando e cuidando para que o médium não caia, não se machuque e muito menos se exceda na incorporação. É o que chamamos incorporação na vibração, ou seja, o espírito está ao seu lado mas ainda não incorporou como devia. Chama-se o médium de umbanda de ·cavalo·, acho que para podemos explicar bem como as coisas acontecem e para frente vamos explorar bastante essas comparações. Um cavalo ainda não domado é separado para a doma. O domador, antes de monta-lo, com bastante paciência, ensina-o a usar o cabresto, o freio e com muita cautela põe sobre seu lombo a sela, para que ele sinta um leve peso, já o acostumando para finalmente ser montado. É o que acontece com o médium que incorpora na vibração. 

Vale dizer que o treinamento do cavalo é longo, levando, às vezes, meses para que o domador possa monta-lo. Com os médiuns é a mesma coisa: demora, por isso tenham paciência, mas de repente, em qualquer momento, o espírito incorpora em sua totalidade, e da mesma forma que o cavalo vai sentir um peso mais forte, o médium vai sentir a presença do seu com certeza maravilhoso orixá, e faz com o médium passe a outra fase de seu desenvolvimento. 

O médium na Umbanda é chamado de cavalo porque o espírito toma seu mental e também o corpo, diferente do kardecismo que o espírito toma só o mental do médium.



Carta de Bezerra de Menezas, psicografada por Divaldo Pereira Franco



Brasília, 19 de abril de 2010. Reunião mediúnica no Centro Espírita
Internacional


Comunicação psicografada por Divaldo Pereira Franco, de autoria espiritual de Bezerra de Menezes.


Irmãos amigos, devotados obreiros da seara de Jesus! Abraçando-os em nome dos trabalhadores do lado de cá, rogamos ao Mestre Amigo bênçãos de paz para todos. Os novos tempos em transcurso no plano físico anunciam uma era de transformações necessárias à implementação do processo evolutivo do ser humano. Os dois planos da vida se irmanam e laços de solidariedade se estreitam, tendo em vista os acontecimentos previstos. 

Em atendimento aos compromissos firmados por orientadores do Planeta, almas abnegadas se desdobram em atividades, definindo responsabilidades e tarefas a serem desenvolvidas em épocas específicas.



Não longe, porém, nas regiões purgatoriais de sofrimento que assinalam o perfil dos seus habitantes, no mundo espiritual, almas se agitam, movimentam-se, produzindo ruídos e clamores na expectativa de se beneficiarem, de alguma forma, com a programação que o Alto determina.

Desassossegados, temem as mudanças que já lhes foram anunciadas e, por não saberem ainda administrar emoções e desejos, dirigem-se às praças públicas e aos templos religiosos de diferentes interpretações para debaterem e opinarem: ora aceitam os ventos das mudanças, ora se rebelam, posicionando-se contra elas. Nesse processo, influenciam os encarnados que lhes acatam as opiniões vacilantes e, ao mesmo tempo, são por eles influenciados.


O certo é que a Humanidade chegou a um ponto de sua caminhada evolutiva que não mais se lhe permite retrocesso de qualquer natureza. Para os próximos cinqüenta anos já se delineia um planejamento destinado a ser cumprido por uma coletividade de Espíritos que irão conviver com grandes e penosos desafios.


Trata-se de uma população heterogênea constituída de almas esclarecidas e de outras em processo de reajuste espiritual. As primeiras revelam-se iluminadas pelo trabalho desenvolvido na fieira dos séculos, quando adquiriram recursos superiores de inteligência e de moralidade. Retornam à reencarnação para exercer influência positiva sobre as mentes que se encontram em processo de reparação, necessitadas de iluminação espiritual.

A atual Humanidade será pouco a pouco mesclada por esses dois grupos de Espíritos reencarnantes. Inicialmente na sua terça parte, abrangendo todo o Planeta, depois, dois e três terços. O trânsito entre os dois planos estará significativamente acelerado. Um trânsito de mão dupla, acrescentamos, pois coletividades de encarnados também retornarão à Pátria verdadeira.


Anunciam-se, então, o processo renovador de consciências por meio de provações, algumas acerbas. Uma operação de decantação que visa selecionar os futuros habitantes do Planeta, aqueles que deverão viver os alvores da Era da Regeneração.


A massa humana de sofredores, de Espíritos empedernidos, repetentes de anteriores experiências, retornará à gleba terrestre em cerca de cinqüenta anos, mas os guardiões da Terra estarão a postos, ao lado de cada encarnado ou desencarnado convocando-os á transformação para o bem.

É a era do espírito, anunciada a clarinadas na manhã do dia de ontem, 18 de abril de 2010, no momento em que o sol lançava os seus primeiros raios à Terra. Em região muito próxima ao plano físico, habitantes do Além quase que se fundiram com a humanidade encarnada para, em reunião de luz e vibração amorosa, ouvir o mensageiro de Jesus que lhes traçou as diretrizes de uma nova ordem planetária, que ora começa a se estabelecer.


Ismael falou emocionado para os representantes de todas as nacionalidades, logo após a manifestação clamorosa dos seus patronos e guias. 

Revelou planos de Jesus relacionados à cristianização dos homens.

Ao final da abençoada assembléia, Espíritos valorosos deram-se as mãos, envolvendo o Planeta em suas elevadas vibrações, transformadas em pérolas que caiam do alto sobre os seus habitantes, atingindo-lhes a fronte na forma de serafina luminosidade. Estejam, pois, atentos para os acontecimentos, meus filhos. Reflitam a respeito do trabalho que se delineia e, do posto de serviço onde se encontrem, sejam, todos e cada um, foco de luz, ponto de apoio.


Ouçam as vozes do céu, pois estão marcados pela luz dos guardiões planetários. Façam a parte que lhes cabem. Sejam bons, honestos, laboriosos, fraternos.

Os dias futuros de lutas e dores assemelham-se aos “ais” apocalípticos. Surgirão aqui, acolá e mais além, implorando pela união, compaixão e misericórdia, individual e coletiva.


Assim, irmãos e amigos, não cometam o equívoco de olhar para trás, mas coloquem as mãos na charrua do Evangelho e sigam adiante. Não repitam a experiência a mulher de Ló, o patriarca hebreu que, possuidora de fé frágil, olhou para trás em busca dos prazeres perdidos, transformando-se em estátua de sal, desiludida pela aridez das falsas ilusões. 


Façam brilhar a própria luz, meus filhos! Este é o clamor do Evangelho, hoje e sempre!...


Bezerra

Essa mensagem  ditada por Bezerra de Menezes em 19/04/10, explica o porquê do terremoto no Japão e de muitas outras coisas que nosso planeta e nós vamos passar nos próximos anos.



Ogum - Perfil







OGUM
  
(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )



O PERFIL DO ORIXÁ

Divindade masculina ioruba, figura que se repete em todas as formas mais conhecidas da mitologia universal. Ogum é o arquétipo do guerreiro. Bastante cultuado no Brasil, especialmente por ser associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exu, está mais próxima dos seres humanos. Foi uma das primeiras figuras do candomblé incorporada por outros cultos, notadamente pela Umbanda, onde é muito popular. Tem sincretismo com São Jorge ou com Santo Antônio, tradicionais guerreiros dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa.
A relação de Ogum com os militares (é considerado o protetor de todos os guerreiros) tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, sempre associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo ioruba. Dizem as lendas que se alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas palavras ( que são do conhecimento apenas dos iniciados ), Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou. Porém, elas (as palavras) não podem ser usadas em outras circunstâncias, pois, tendo excitado a fúria por sangue do Orixá, detonaram um processo violento e incontrolável; se não encontrar inimigos diante de si após te sido evocado, Ogum se lançará imediatamente contra quem o chamou.
Ogum não era, segundo as lendas, figura que se preocupasse com a administração do reino de seu pai, Odudua; ele não gostava de ficar quieto no palácio, dava voltas sem conseguir ficar parado, arrumava romances com todas as moças da região e brigas com seus namorados.
Não se interessava pelo exercício do poder já conquistado, por que fosse a independência a ele garantida nessa função pelo próprio pai, mas sim pela luta.
Ogum, portanto, é aquele que gosta de iniciar as conquistas mas não sente prazer em descansar sobre os resultados delas, ao mesmo tempo é figura imparcial, com a capacidade de calmamente exercer (executar) a justiça ditada por Xangô. É muito mais paixão do que razão: aos amigos, tudo, inclusive o doloroso perdão: aos inimigos, a cólera mais implacável, a sanha destruidora mais forte.
Segundo as pesquisas de Monique Augras, na África, Ogum é o deus do ferro, a divindade que brande a espada e forja o ferro, transformando-o no instrumento de luta. Assim seu poder vai-se expandindo para além da luta, sendo o padroeiro de todos os que manejam ferramentas: ferreiros, barbeiros, tatuadores, e, hoje em dia, mecânicos, motoristas de caminhões e maquinistas de trem. É, por extensão o Orixá que cuida dos conhecimentos práticos, sendo o patrono da tecnologia. Do conhecimento da guerra para o da prática: tal conexão continua válida para nós, pois também na sociedade ocidental a maior parte das inovações tecnológicas vem justamente das pesquisas armamentistas, sendo posteriormente incorporada à produção de objetos de consumo civil, o que é particularmente notável na industria automobilística, de computação e da aviação.
Assim, Ogum não é apenas o que abre as picadas na matas e derrota os exércitos inimigos; é também aquele que abre os caminhos para a implantação de uma estrada de ferro, instala uma fábrica numa área não industrializada, promove o desenvolvimento de um novo meio de transporte, luta não só contra o homem, mas também contra o desconhecido.
É pois, o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza, da produção e da expansão, da busca de novas fronteiras, de esmagamento de qualquer força que se oponha à sua própria expansão.
Tem, junto com Exu, posição de destaque logo no início de um ritual. Tal como Exu, Ogum também gosta de vir à frente. A força de Ogum está tanto na coragem de se lançar à luta como na objetividade que o domina nesses momentos (e o abandona nos momentos de prazer e gozo).
É fácil, nesse sentido, entender a popularidade de Ogum: em primeiro lugar, o negro reprimido, longe de sua terra, de seu papel social tradicional, não tinha mais ninguém para apelar, senão para os dois deuses que efetivamente o defendiam: Exu (a magia) e Ogum (a guerra); segundo Pierre Verger. Em segundo lugar, além da ajuda que pode prestar em qualquer luta, Ogum é o representante no panteão africano não só do conquistador mas também do trabalhador manual, do operário que transforma a matéria-prima em produto acabado: ele é a própria apologia do ofício, do conhecimento de qualquer tecnologia com algum objetivo produtivo, do trabalhador, em geral, na sua luta contra as matérias inertes a serem modificadas .
Ogum gosta do preto no branco, dos assuntos definidos em rápidas palavras, de falar diretamente a verdade sem ter de preocupar-se em adaptar seu discurso para cada pessoa.
Ogum gosta de dormir no chão, precisa que o corpo entre em contato sempre direto com a natureza e dispensa roupas elaboradas e caras, que possam ser complicadas de vestir ou que exijam muito espaço na mochila. Não tem compromisso com ninguém, nem com seus próprios objetos.
A violência e a energia, porém não explicam Ogum totalmente. Ele não é o tipo austero, embora sério e dramático, nunca contidamente grave. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo; quando apaixonado, sua sensualidade não se contenta em esperar nem aceita a rejeição. Ogum sempre ataca pela frente, de peito aberto, como o clássico guerreiro.
Existem sete tipos diferentes de Ogum, mas Ogum Xoroquê merece um destaque específico, pois é um Orixá masculino duplo, ou seja possui duas formas diferentes de manifestação. É associado à irmandade e afinidade estreita de Ogum com Exu, pois passa seis meses do ano como Ogum e os outros como Exu, sendo considerado guerreiro feroz, irascível e imbatível.


CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OGUM

Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos e com o sexo oposto.
Os homens e mulheres que têm Ogum como seu Orixá de cabeça, vão ter comportamentos diferentes, de acordo com os segundos e terceiros Orixás que os influencia ajuntós (adjutores). De qualquer forma , terão alguns traços comuns: são conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é muito grande, a franqueza absoluta, chegando mesmo à falta de tato. 

         Fonte: Marcia Nunes.

Mitologia - Ogum







"OGUM MATA SEUS SÚDITOS E É TRANSFORMADO EM ORIXÁ"




Ogum, filho de odudua, sempre guerreava, trazendo o fruto
da vitória para o reino de seu pai.
Amante da liberdade e das aventuras amorosas, foi com uma
mulher chamada Ojá que Ogum teve o filho Oxóssi.
Depois amou Oiá, Oxum e Obá, as três mulheres de seu
maior rival, Xangô.


Ogum seguiu lutando e tomou para si a coroa de Irê, que na
época era composto de sete aldeias.
Era conhecido como o Onirê, o rei de Irê, deixando depois
o trono para seu próprio filho.


Ogum era o rei de Irê, Oni Irê, Ogum Onirê.
Ogum usava a coroa sem franjas chamada " acorô ".
Por isso também era chamado de Ogum Alacorô.
Conta-se que, tendo partido para a guerra, Ogum retornou
a Irê depois de muito tempo. Chegou num dia em que
se realizava um ritual sagrado.


A cerimônia exigia a guarda total do silêncio.
Ninguém podia falar com ninguém.
Ninguém podia dirigir o olhar para ninguém.


Ogum sentia sede e fome, mas ninguém falava com ele.
Ninguém o ouvia, ninguém o entendia.
Ogum pensou que não havia sido reconhecido.
Ogum sentiu-se desprezado. Depois de ter vencido a
guerra, sua cidade não o recebia.
Ele, o rei de Irê.


Não reconhecido pela sua própria gente !!
Humilhado e enfurecido, Ogum, espada em punho,
Pôs-se a destruir a tudo e a todos.
Cortou a cabeça de seus súditos.


Ogum lavou-se com sangue.
Ogum estava vingado.


Então a cerimônia religiosa terminou e com ela a
Imposição de silêncio foi suspensa.
Imediatamente, o filho de Ogum, acompanhado
por um grupo de súditos, ilustres homens salvos
da matança, veio à procura do pai


Eles renderam as homenagens devidas ao rei e ao
Grande guerreiro Ogum.
Saciaram sua fome e sede.
Vestiram Ogum com roupas novas, cantaram e
dançaram para ele.
Mas Ogum estava inconsolável.


Havia matado quase todos os habitantes da sua cidade.
Não se dera conta das regras de uma cerimônia tão
importante para todo o reino.
Ogum sentia que já não podia ser o rei.


Ogum estava arrependido da sua intolerância,
envergonhado por tamanha precipitação.
Ogum fustigou-se dia e noite em autopunição.


Não tinha medida seu tormento,nem havia possibilidade
de autocompaixão.


Ogum então enfiou sua espada no chão e num átimo
de segundo a terra se abriu e ele foi tragado solo abaixo.


Ogum estava no Orun, o Céu dos Deuses.
Não era mais humano.


Tornara-se um Orixá.


 Fonte:
 ===============
 MITOLOGIA DOS ORIXÁS - Reginaldo Prandi
 Companhia Das Letras - 2001
 Pesquisa do autor.:
 Pierre Verger,1957,p 142 - 1999,p 152]
 Ulli Beier,1980,pp.34-5;verger 1980,p.286;Veger 1981(b)
 Pp 23-4;Verger 1985,p.15

 ===============


Umbanda e Espiritismo

Diz-se, com frequência, que Umbanda e Espiritismo são a mesma coisa, com uma ou outra variante. Os que assim pensam não refletiram o suficiente sobre os fundamentos de cada doutrina. 


Uma análise mais acurada nos mostrará que há, entre essas duas correntes espiritualistas, pontos concordantes e discordantes. 

Vejamos as opiniões concordantes: 

A Umbanda é espiritualista; o Espiritismo também o é.
A Umbanda rende culto a Deus; o Espiritismo também.
Nas práticas de Umbanda ocorrem fenômenos mediúnicos; no Espiritismo também.
A Umbanda aceita a reencarnação; o Espiritismo também. 
Na Umbanda se faz caridade; no Espiritismo também. 

Vejamos os pontos discordantes: 

O Espiritismo NÃO tem culto material; a Umbanda TEM.
O Espiritismo NÃO prescreve qualquer forma de paramento nem comporta o formalismo de funções sacerdotais; a Umbanda TEM "pais" de terreiro com vestimenta e prerrogativas equivalentes ao exercício de funções sacerdotais.
O Espiritismo NÃO admite uso de imagens; a Umbanda TEM imagens e altares. 
O Espiritismo NÃO têm sinais cabalísticos nem símbolos; a Umbanda TEM sinais, "pontos riscados" etc. 
O ESPIRITISMO REGE-SE POR UM CORPO DE DOUTRINA HOMOGÊNEA, CODIFICADA POR ALLAN KARDEC; A UMBANDA NÃO SE REGE PELA DOUTRINA CODIFICADA POR ALLAN KARDEC. 

O professor J. H. Pires, no capítulo VI - O Mediunismo - de seu livro Mediunidade trata a Umbanda como uma forma de mediunismo. 

A sua explicação baseia-se na noção de que mediunismo - definição dada pelo Espírito Emmanuel - designa as formas primitivas de Mediunidade. 

Assim, ele discorre sobre a construção racional da Mediunidade através dos ensinamentos de Allan Kardec. A Umbanda, sendo apenas a prática do fenômeno mediúnico, não consegue abarcar o grau de positivação alcançado pela Doutrina dos Espíritos. Esta é a grande diferença. 

Fonte:
AMORIM, Deolindo. O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas, publicado pelo C. E. Léon Denis. 
PIRES, José Herculano. Mediunidade: Vida e Comunicação, publicado pela Edicel.

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Quadro oferecido pelo companheiro Laurindo Francisco Diana, adepto da Umbanda.

SINOPSE COMPARATIVA

ESPIRITISMO

UMBANDA

País de origem
França
Brasil
Data de surgimento
18.04.l857
15.11.1908
Codificador
Allan Kardec
-----------
Fundador
-----------
Zélio F.de Morais
Adereços e caracterizações
Não
Sim
Altar e/ou oratório
Não
Sim
Autonomia das associações
Sim
Sim
Cânticos (pontos) cantados
Não
Sim
Classificação dos espíritos em categorias
Sim
Não
Comidas, bebidas, fumo, etc.
Não
Sim
Cultos exteriores
Não
Sim
Dogmas
Não
Sim
Doutrina
Sim
Em formação
Ervas e banhos
Não
Sim
Racional
Emocional Devocional
Jogos premonitórios
Não
Sim
Mediunidade
Sim
Sim
Mediunismo e/ou animismo
Sim
Sim
Messiânica
Não
Não
Método
Sim
Sim
Oferendas materiais
Não
Sim
Revelada
Sim
Não
Literatura básica
As obras (5) de Allan Kardec
---------------
Rituais e cerimoniais
Não
Sim
Roupas especiais e/ou paramentos
Não
Sim
Sacerdotes
Não
Sim
Sacramentos
Não
Sim
Símbolos (pontos) riscados
Não
Sim
Sincretismo
Não
Sim
Sistema organizacional
Federativo
Federativo
Tipificações espirituais
Não
Sim
Tradição oral
Não
Sim
Velas, flores, defumações, etc.
Não
Sim
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
 
 
Crença em Deus único
Sim
Sim
Comunicabilidade recíproca com os espíritos
Sim
Sim
Crença nos elementais
Não
Sim
Evolução progressiva dos espíritos
Sim
Sim
Existência dos espíritos que sobrevivem à morte do corpo
Sim
Sim
Influência dos espíritos sobre as pessoas
Sim
Sim
Lei de causa efeito
Sim
Sim
Pluralidade dos mundos habitados
Sim
Sim
Prática da caridade
Sim
Sim
Reencarnações sucessivas
Sim
Sim

Fonte:
(Org. por Sérgio Biagi Gregório)