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Os mistérios da morte


Monica Buonfiglio/ Especial para Terra
 
 
Por que temos medo da morte? Existe a reencarnação? É possível escapar da morte? Viajamos por um túnel depois que morremos?
Você já ouviu falar em necroturismo? Leia sobre esse universo desconhecido, chamado morte.
  
 

 

Fonte: Livro dos Espíritos de Alan Kardec, Dicionário de Símbolos de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant e Livros da autora. http://www.terra.com.br/esoterico/infograficos/misterios-da-morte/



O MAGO - Como age, seu dever e sua missão



O MAGO

Desempenha bem suas obrigações. É econômico, equilibra-do. É a suprema afirmação de Cristo interno e a suprema negação do demônio. Afetuoso. Além disso, é preocupado com o futuro. O seu conhecimento é lógico e intuitivo.

Ele conhece o mistério da causa operante. Ele sabe de seus direito e de-veres. É triunfante, conta sempre com vantagem múltiplas, é sincero, pomposo, sua superioridade é reconhecida por todos. O corpo do mago é diferente dos demais porque está preparado. O coração é o templo sagrado do mago. É onde ele trabalha. Além disso, ele fala com o coração. 


COMO AGE O MAGO 

- O mago sabe a força e poder que têm 
- sabe fortalecê-los, sabe se curar 
- tem coragem, amor no coração e paz espiritual. 
- tem controle de seus movimentos 
- que seu coração e sua alma agem como escudo de proteção. 
- Sabe que nunca está sozinho 
- Sabe que a meditação interna produz mudanças nos corpos internos 
- Tem sua consciência desperta 
- que a mente é um instrumento de trabalho auxiliar imediato nos três planos 
- tem o conhecimento da espiritualidade universal 
- Sabe como dar força ao espírito, de modo que possa dominar a Alma e, conseqüentemente, a mente, de onde lhe advêm to-do o Poder e Saber 
- Cumpre com o seu desígnio com a Natureza e a respeita. 


DEVER DE UM MAGO 

O Mago é um ser humano que se abstém dos prazeres da ma-téria, leva uma vida reta e através desta postura de vida, entra em contato com os seres superiores, recebendo destes seres energia e sabedoria, para que ele possa ajudar o seu próximo. 

Seus ganhos são pelo dever cumprido, placidez de ânimo, sempre procura estar rodeado por seus amigos. Está sempre preocupado em triunfar sobre obstáculos, que sempre consegue 
- é nobre, de considerações relevantes e generosas 
- Esta sempre pronto a retribuir, a recompensar. Sabe o caminho e das oportunidades de melhorar na posição 
- Efetua a concretização em algo que depende da vontade de pessoas a sua volta 
- Não suporta a ingenuidade e nem a aflição de espírito nos demais. Procura sempre elucidar os aflitos 
- Sempre esta ensinando, para retirar os defeitos e virtudes. Age como protetor 
- Procura dar a seus discípulos pensamentos inspiradores e iniciativas variáveis 
- É sempre severo em sua vigilância 
- Está sempre pronto para desvencilhar as situações embaraçosas, das confusões de idéias, dos obstáculos e imprevistos 
- é cumpridor de promessas, os fetos são sinceros 
- se preocupa em ter definições satisfatórias 
- procura sempre ter bons resultados em todas as situações 
- procura sempre dar êxito em tudo que empreende pelos demais. Procura sempre dar contentamentos morais e materiais aos demais.

O mago não se mete na vida de ninguém a não ser que seja chamado. Ele neste sentido é somente um observador, e ao mesmo tempo é um analista (psicanalise). 

O mago é um bom pai, não se intromete na vida dos filhos, é um bom conselheiro. Na vida conjugal, é um bom amante com sua esposa, ou companheira. Procura deixar a parceira sempre à vontade, não lhe impõe nada de irrazoável. Na vida social, é estar em todas as sextas-feiras sentado em algum restaurante comendo sua pizza e a sua cerveja, é o único momento que ele se desliga de seu trabalho mistico para relaxar. 

Aos domingos se levanta cedo e se põe a efetuar sua concentração mística religiosa, onde se põe a efetuar suas obrigações teúrgicas com Deus (Magia Divina). 

Uma vez por semana ele procura andar sobre um chão pedregoso, ou em um lugar onde o chão contém limo ao ar livre, por vezes está abraçado com uma árvore, é aí que ele adquire força. Respeita e não abusa da natureza, pois ele conhece a força e o poder que ela tem. O Mago conhece e respeita todas as religiões e seitas, às vezes encontramos com ele em alguma seita ou igreja. 

O livro do Mago é o rolo da vida, os outros livros são somente auxiliares ao seu aprimoramento. Para isso ele usa da lógica e do sentimento aguçado. O Mago não pensa, ele age. Procura estar sempre tranqüilo e sossegado em seu laboratório para efetuar suas pesquisas, ele é um armazenador de idéias. Não despreza ninguém e ama a todos de uma maneira que só ele conhece 

O templo do Mago é o coração. Neste coração tem uma porta em que todos batem, mas só é aberta para poucos. 

O profano praticante, sabe realizar rituais vulgares, mas desconhece o modus operandi, as forças envolvidas e, por conseguinte, as conseqüências dos seus atos mágicos. Esse não é o caso do Mago que teve acesso a conhecimentos superiores. 

Os feiticeiros obtêm alguns resultados, sem saber o como e o por-quê. A eles interessam os resultados e na maioria das vezes, não tem receio algum em interferir no livre-arbítrio alheio. 

O trecho do Capitulo. I do nosso Dogma que lembra as comparações que Papus faz para diferenciar o "feiticeiro" do ocultista, em-bora o Iniciado esteja em muitas referências acima do considera-do. Cito abaixo uma delas: 

O feiticeiro é para o ocultismo, o que o operário é para o engenheiro. O operário sabe fazer a 'sua peça' segundo as regras que aprendeu na oficina, mas desconhece as discussões matemáticas relativas às curvas que o seu torno produz. “Por outro lado, o engenheiro, é capaz de estabelecer as regras que devem guiar o operário, ver-se-ia bastante embaraçado se precisasse fazer e ajustar uma peça completa ele mesmo.” 

As palavras de VM Eliphaas Levi: 

"O diabo se dá ao Iniciado e o feiticeiro se dá ao diabo" 

Tal seria a proporção de distância entre eles. pela frase, entenda: 

O Mago sabe o que faz e como faz, porque razão faz e, as Leis que deve utilizar. 

Para o homem sábio, imaginar é ver, como, para o Mago, falar é criar. Imaginar é ver, sonhar é estar presente. Estar presente é vivenciar 

O Feiticeiro não sabe o que faz, ou mesmo o como, o porquê, ou que Lei utiliza, apenas faz pela prática dos resultados. 

E assim é o Mago 


A MISSÃO DO MAGO 

Jesus disse: 

“Dou-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curar todas as enfermidades e todo o mal 

- Ide e curai em meu nome! 

Aquele que perseverar até o fim, será salvo. 
Neste assunto, não é o neófito mais do que o Mestre, nem o servo mais do que o seu Senhor. 
Basta ser como eu sou, e ao servo como ao seu Senhor. 
Não temais, mas vale servir ao Senhor do que servir a estultícia. 
E quem não toma isto, e não segue após mim, não é digno de mim. 
E, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou. 
Quem recebe um Mago em qualidade de servo, receberá galardão de ser justo em qualidade de justo, receberá galardão de justo. 

E qualquer que tiver dado um só, que seja um copo d’água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, “Em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.” 
(Mateus 11-38, 40,41 e 42). 

Urge ao estudante utilizar às práticas na obra para trabalhar seria-mente sobre os demais. A prática é uma escola maravilhosa, mas devemos nos autoobservar no cumprimento do dever. Necessitamos conhecer a nós mesmos antes de poder conhecer os demais. É urgente aprender a ver o ponto de vista alheio. Se nos colocarmos no lugar dos demais, descobriremos que os de-feitos psicológicos que atribuímos a outros, temos em demasia em nosso interior. 
Amar o próximo é indispensável, mas alguém não pode amar aos outros, não pode amar aos outros se antes não aprender a se colocar na posição da outra pessoa, no trabalho esotérico. 
A crueldade continuará existindo sobre a face da terra, enquanto não tenha aprendido a nos colocar no lugar de outros. 

Mas, se não se tem o valor de ver-se a si mesmo, como poderia alguém colocar-se no lugar de outros? 

Por que haveríamos de ver exclusivamente a parte má das pessoas. 

A antipatia não nos permite isso. 

Ainda temos a consciência adormecida. 
Torna-se indispensável amar os nossos semelhantes e estudar a Gnose e levar este ensinamento a todas as pessoas, do contrário cairemos no egoísmo. 

Se alguém se dedica ao trabalho da ordem sobre si mesmo, mas não dá o ensinamento aos demais, seu progresso Íntimo se torna muito difícil por falta de amor ao próximo. Isto é um pecado venial 

“Aquele que sabe e não ensina pecado é!” 

“O que dá recebe e quanto mais der, mais receberá, mas o que não dá, até o que tem lhe será tirado.” 

Esta é a Lei. 

BREVE DISCURSO MORAL DO MAGO 

Institui a todos no caminho em que andas e, até quando envelhecer não deixe desviar dele. 

O que oprime ao pobre para se engrandecer a si, ou o que dá ao rico, certamente empobrecerá 

Inclina o teu ouvido e ouve as palavras dos sábios, e aplica o teu coração à minha ciência. 

A ciência é causa suave, se as guardares nas tuas entranhas, se as aplicares todas aos teus lábios 

Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem atropeles na porta ao aflito. Porque o Senhor defenderá a sua causa em juízo, e aos que roubam lhes tirará a vida. 

Não fales aos ouvidos do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras. Isto é um pecado venial 

“Aquele que não sabe e não quer aprender pecado é!” 

Aplica a disciplina o teu coração e os teus ouvidos às palavras do conhecimento. 

Não retire a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá 

Com a sabedoria se edifica a casa e com Inteligência ela se firma. 

Um varão sábio é forte, e o varão de conhecimento, consolida a força 

Aquele que repreender o ímpio haverá delícias e sobre ele virá à benção do bem 

Prepara fora a tua obra, e apronta-a no campo, e então edifica a tua casa. 

Não seja testemunha sem causa contra o teu próximo; porque enganarias com os teus lábios. 

A glória do sábio é tudo investigar. 

Para o coração do Mago, não há investigação alguma. O que há é dedução intuitiva. 

Não te gabes de tuas dádivas. 

Contenha o teu espírito diante do tolo. Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que não seja sábio aos seus olhos. 

“O Leão está no caminho.” 

Com humildade de espírito se obtém honra 

Toda a ciência de Deus é pura: escudo é para os que confiam nele. 

Nada acrescentes às palavras do senhor, para não venham a te repreender e, sejas achado como mentiroso. 

Não calunies o servo diante do povo, para que não te amaldiçoes e fiques culpado. 

Abre a boca a falar do mundo, pelo direito de todos os que se a-cham em desolação. 

Abre a boca; julga retamente; e faze justiça aos pobres e aos necessitados. 

Abra sua mão ao aflito: e ao necessitado, estenda as suas mãos 

A força e a glória são as tuas ferramentas hoje, e ri do dia futuro. 

Abre a tua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua. 

A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Estás três coisas nunca se fartam; e quatro nunca dizem: Basta. 

Olhe pelo governo de tua casa; e não coma o pão da preguiça. 

A mulher que é reta e virtuosa é superior a todas as outras, chamem-na bem-aventurada. Enganosa é a vaidade e a graça a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada. Daí-lhe do fruto de suas mãos, e louvem-na nas portas as suas obras. 

Vejo que a sabedoria é mais excelente do que a estultícia, quando a luz mais excelente do que as trevas. 

O meu coração contempla abundantemente a sabedoria e a ciência. 

Os desvairos e a loucura são aflições do espírito. 

Porque na muita sabedoria há enfado; e o que aumenta em ciência, em trabalho. 

Não destruas as obras de tuas mãos 

O proveito da terra é para todos 

O coração do sábio está na sua mão direita, mas a do tolo está a sua esquerda. 

Não há limites para fazer livros, e o muito estudar enfado é da carne. 

De tudo isso, o fim é: teme a Deus, e guarda os seus mandamentos porque este é o dever do homem. 

O Mestre disse

“seja, porém, o vosso falar: sim, sim. Não, mão, porque os que passam disto é procedência maligna.” 

“sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” 

“Quando orares entra no teu aposento e fechando a tua porta; ora ao Pai, que vê secretamente, te responderá. 
E orando, não use de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. 

Não vos assemelheis a eles, porque vosso Pai sabe o que é necessário, antes de vos lho pedirdes. 

Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo, sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e, súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Jesus o Cristo 

E quando jejuardes, não vos mostre contrito como os hipócritas. Lave o seu rosto, unja a cabeça com o óleo, para não pareceres ao homem que jejuas, mas ao teu Pai, que vê em oculto. 

“Fazei e que ninguém o saiba.” 

“Que tudo seja feito segundo a vossa fé.”



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"Before I Die" - Chega a Chicago

Tradução: (Antes de eu morrer ... eu quero)






   Artista Candy Chang fez uma parceria com a Chicago Urban Art Society e youth-run art gallery Good News Only  para trazer seu projeto de arte pública interativa Before I Die (previously) para vários bairros de Chicago. Transeuntes são confrontados com uma tela pintada de spray tendo o aviso repetido "Antes de eu morrer ..." e pode usar giz fornecido para completar a frase, a criação de um espaço público para os sonhos partilhados espontaneamente, esperanças, medos e aspirações. A peça foi instalada ontem em Edgewater e estará fazendo paradas em Pilsen, Wicker Park, Chinatown e em outros lugares. Você pode acompanhar o andamento da obras em Before I Die Chi, e se você tem um site onde a peça pode ser instalado, você deve entrar em contato. via Thisiscolossal.


O espelho da vida




A mente é o espelho da vida em toda parte.
Ergue-se na Terra para Deus, sob a égide do Cristo, à feição do diamante bruto, que, arrancado ao ventre obscuro do solo,
avança, com a orientação do lapidário, para a magnificência da luz.
Nos seres primitivos, aparece sob a ganga do instinto, nas almas humanas surge entre as ilusões que salteiam a inteligência, e
revela-se nos Espíritos Aperfeiçoados por brilhante precioso a retratar a Glória Divina.
Estudando-a de nossa posição espiritual, confinados que nos achamos entre a animalidade e a angelitude, somos impelidos a
interpretá-la como sendo o campo de nossa consciência desperta, na faixa evolutiva em que o conhecimento adquirido nos permite
operar.
Definindo-a por espelho da vida, reconhecemos que o coração lhe é a face e que o cérebro é o centro de suas ondulações,
gerando a força do pensamento que tudo move, criando e transformando, destruindo e refazendo para acrisolar e sublimar.
Em todos os domínios do Universo vibra, pois, a influência recíproca.
Tudo se desloca e renova sob os princípios de interdependência e repercussão.
O reflexo esboça a emotividade.
A emotividade plasma a idéia.
A idéia determina a atitude e a palavra que comandam as ações.
Em semelhantes manifestações alongam-se os fios geradores das causas de que nascem as circunstâncias, válvulas obliterativas
ou alavancas libertadoras da existência.
Ninguém pode ultrapassar de improviso os recursos da própria mente, muito além do círculo de trabalho em que estagia;
contudo, assinalamos, todos nós, os reflexos uns dos outros, dentro da nossa relativa capacidade de assimilação.
Ninguém permanece fora do movimento de permuta incessante.
Respiramos no mundo das imagens que projetamos e recebemos.
Por elas, estacionamos sob a fascinação dos elementos que provisoriamente nos escravizam e, através delas, incorporamos o
influxo renovador dos poderes que nos induzem à purificação e ao progresso.
O reflexo mental mora no alicerce da vida.
Refletem-se as criaturas, reciprocamente, na Criação que reflete os objetivos do Criador.

Francisco Cândido Xavier - Pensamento e Vida - pelo Espírito Emmanuel



O espiritismo na Atualidade




O Espiritismo, nos tempos modernos, é, sem dúvida, a revivescência do Cristianismo em seus fundamentos mais simples.
         Descerrando a cortina densa, postada entre os dois mundos, nos domínios vibratórios em que a vida se manifesta, mereceu, desde a primeira hora de suas arregimentações doutrinárias, o interesse da ciência investigadora que procura escravizá-lo ao gabinete ou ao laboratório, qual se fora mera descoberta de energias ocultas da natureza, como a da eletricidade, que o homem submete ao seu bel-prazer, na extensão de vantagens ao comodismo físico..
         Interessada no fenômeno, a especulação analisa-lhe os componentes, acreditando encontrar, no intercâmbio entre as duas esferas, nada mais que respostas a velhas questões de filosofia, sem qualquer consequência de ordem moral, na experiência humana.
         Erra, todavia, quem se norteia por essas normas, de vez que o Espiritismo, positivando a sobrevivência além da morte, envolve em si mesmo vasto quadro de ilações, no campo da ética religiosa, constrangendo o homem a mais largas reflexões no campo da justiça.
         Não cogitamos aqui de dogmática, de apologética ou de qualquer outro ramo das escolas de fé em seus aspectos sectários.
         Não nos reportamos a religiões, mas à Religião, propriamente considerada como sistema de crescimento da alma para celeste comunhão com o Espírito Divino.
         Desdobrando o painel das responsabilidades que a vida nos confere, o novo movimento de revelação implica abençoado e compulsório desenvolvimento mental.
         A permuta com os círculos de ação dos desencarnados compele a criatura a pensar com mais amplitude, dentro da vida.
         Novos aspectos da evolução se lhe descortinam e mais rico material de pensamento lhe enriquece os celeiros do raciocínio e da observação.
         Entretanto, como cada recipiente guarda o conteúdo dessa ou daquela substância, segundo a conformação e a situação que lhe são próprias, a Doutrina Renovadora, com os seus benefícios, passa despercebida ou escassamente aproveitada pelos que se inclinam às discussões sem utilidade, pelos que se demoram no êxtase improdutivo ou pelos que se arrojam aos despenhadeiros da sombra, companheiros ainda inaptos para os conhecimentos de ordem superior, trazidos à Terra, não para a defesa do egoísmo ou da animalidade, mas sim para a espiritualização de todos os seres.
         De que nos valeria a prodigiosa descoberta de Watt, se o vapor não fosse disciplinado, a benefício da civilização? Que faríamos da eletricidade, sem os elementos de contenção e transformação que lhe controlam os impulsos?
         No Espiritismo fenomênico, somos constantemente defrontados por aluviões de forças inteligentes, mas nem sempre sublimadas, que nos assediam e nos reclamam.
         Aprendemos que a morte é questão de sequência nos serviços da natureza.
         Reconhecemos que a vida estua, ao redor de nossos passos, nos mais variados graus de evolução.
         Daí o impositivo da força disciplinar.
         Urge o estabelecimento de recursos para a ordenação justa das manifestações que dizem respeito à nova ordem de princípios que se instalam vitoriosos na mente de cada um.
         E, para cumprir essa grande missão, o Evangelho é chamado a orientar os aprendizes da ciência do espírito, para que, levianos ou desavisados, não se precipitem a imensos resvaladouros de amargura ou desilusão.

(Fonte: “Roteiro”, de Francisco Cândido Xavier, por Emmanuel)


O Cravo não brigou com a Rosa




Um texto de Luiz Antônio Simas,  mestre em História Social pela UFRJ 

Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto.
Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa_. A explicação foi comovente: a briga entre o cravo  e a rosa  estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa/ debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".
Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha.  Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?
É Villa Lobos, cacete!
Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos.
Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil. Ninguém  mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.
Dia desses alguém [foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de  fato,  era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias ou coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.
Vivemos tempos de não me toques que eu magôo.
Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo picolé de asfalto - de afrodescendente. O branquelo - o famoso  Omo total de cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço e Orca, baleia assassina é o cidadão que está fora do peso ideal. O magricela não pode ser chamado de  Olívia Palito. O careca não é mais o aeroporto de  mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.
Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.
Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde. Defuntos? Não. Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do Pé Junto.



PRUDÊNCIA

Recorre à prudência sempre que a dificuldade te aponte os tormentosos roteiros.

Dificuldade não é apenas obstáculo à frente, impedindo o avanço.

Há muito problema difícil que se manifesta como ambição portadora de loucura, ou desejo de triunfo intermediário do desregramento.

Encontrarás homens em problemas, movimentando largas disponibilidades bancárias, como aqueles em tormento voluntário, por escassearem os recursos para a subsistência.

A prudência te dirá que todos os que retêm, sucumbem dominados pelos valores parados e mortos, a que se escravizaram infelizes e te lembrarás que muitos crimes são filhos da agressão desalmada e da insânia mental, porque supunham estar no dinheiro a solução dos problemas.

Resguarda-te, pois, na verdadeira posição de quem deseja acertar nas decisões.

Não amado, ama pelo prazer de amar.

Impossibilitado de atender aos anseios íntimos, contenta-te como estás.

Não te chegando auxílio dos outros, auxilia como possas.

Aproveita todas as lições com que a vida honra as tuas horas.

Atirar-se à primeira ideia, seguindo-a inquietado, seria como colocar espinhos na própria senda, por onde passarás.

Resolver o problema ao impacto da emoção desvairada, é comparável a derramar ácido de efeito demorado sobre a ferida aberta em chaga.

Aconselha-te com prudência, antes que teu passo te leve à delinquência.

Amanhã devolverás à vida os empréstimos com que a vida te brindou, em forma de recursos passageiros ou provações retificadoras em nome do Nosso Pai, porquanto os únicos valores contábeis, após a morte, a seguirem conosco, são as ações que nos identificarão no grande amanhecer, após o demorado sono.

(De “Messe de Amor”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis) 

Como escapar da escuridão

Escapar da escuridão envolve dois estádios: primeiro, o reconhecimento de que a escuridão não pode ocultar. Esse passo usualmente acarreta medo. Segundo, o reconhecimento de que não há nada que queiras ocultar ainda que pudesses. Esse passo traz o escapar do medo. 

Quando tiveres passado a estar disposto a não esconder nada, não só estarás disposto a entrar em comunhão, como também compreenderás a paz e a alegria. 
A santidade nunca pode estar realmente oculta na escuridão, mas podes enganar a ti mesmo a esse respeito. Esse engano faz com que fiques amedrontado porque reconheces, no teu coração, que é um engano e fazes enormes esforços para estabelecer a sua realidade. 

O milagre põe a realidade onde ela deve estar. A realidade só pode estar no espírito, e o milagre reconhece só a verdade. Assim, dissipa ilusões sobre ti mesmo e te coloca em comunhão contigo e com Deus. 

O milagre participa da Expiação colocando a mente a serviço do Espírito Santo. Isso estabelece a função própria da mente e corrige os seus erros, que são apenas faltas de amor. 

A tua mente pode estar possuída por ilusões, mas o espírito é eternamente livre. Se a mente percebe sem amor, percebe uma concha vazia e não está ciente do espírito interior. Mas a Expiação restitui o espírito ao lugar que lhe é próprio. A mente que serve ao espírito é invulnerável. 

A escuridão é falta de luz, assim como o pecado é falta de amor. Não tem propriedades exclusivas em si mesma. É um exemplo da crença na “escassez”, da qual só o erro pode proceder. A verdade é sempre abundante. 
Aqueles que percebem e reconhecem que tem tudo, não tem necessidades de espécie alguma. O propósito da Expiação é restituir tudo a ti, ou melhor restituir tudo a tua consciência. 

Tudo te foi dado quando foste criado assim como a todos. O vazio engendrado pelo medo tem que ser substituído pelo perdão. É isso o que a Bíblia quer dizer com: “Não existe morte” e é por isso que eu pude demonstrar que a morte não existe.
Eu vim para cumprir a lei, reinterpretando-a. A lei em si mesma, se compreendida de modo adequado, só oferece proteção. Foram aqueles que ainda não mudaram as suas mentes que trouxeram para ela o conceito do “fogo do inferno”. 

Eu te asseguro que darei testemunho de qualquer um que me permitir e em qualquer medida que ele me permitir. O teu testemunho demonstra a tua crença e assim a fortalece. Aqueles que testemunham por mim estão expressando através dos seus milagres que abandonaram a crença na privação em favor da abundância que, como aprenderam, a eles pertence. 

NOSCE TE IPSUM



A Alma também

Casas de saúde espalham-se em todas as direções com o objetivo de sanar as moléstias do corpo e não faltam enfermos que lhes ocupem as dependências.

Entretanto, as doenças da alma, não menos complexas, escapam aos exames habituais de laboratório e, por isso, ficam em nós, requisitando a medicação, aplicável apenas por nós mesmos.

Estimamos a imunização na patologia do corpo.

Será ela menos importante nos achaques do espírito?

Surpreendemos determinada verruga e recorremos, de imediato, à cirurgia plástica, frustrando calamidades orgânicas de extensão imprevisível.

Reconhecendo uma tendência menos feliz em nós próprios é preciso ponderar igualmente que o capricho de hoje não extirpado será hábito vicioso amanhã e talvez criminalidade em futuro breve.

Esmeramo-nos por livrar-nos da neurastenia capaz de esgotar-nos as forças.

Tratemos também de nossa afeição temperamental para que a impulsividade não nos induza à ira fulminatória.

Tonificamos o coração, corrigindo a pressão arterial ou ampliando os recursos das coronárias a fim de melhorar o padrão de longevidade. Apuremos, de igual modo, o sentimento para que emoções desregradas não nos precipitem nos desvãos passionais em que se aniquilam tantas vidas preciosas.

Requintamo-nos, como é justo, em assistência dentária na proteção indispensável.

Empenhemo-nos de semelhante maneira, na triagem do verbo para que a nossa palavra não se faça azorrague de sombra.

Defendemos o aparelho ocular contra a catarata e o glaucoma. Purifiquemos igualmente o modo de ver. Preservamos o engenho auditivo contra a surdez.

No mesmo passo, eduquemos o ouvido para que aprendamos a escutar ajudando.

A Doutrina Espírita é instituto de redenção do ser para a vida triunfante. A morte não existe.

Somos criaturas eternas. Se o corpo, em verdade, não prescinde de remédio, a alma também.


* * *


André Luiz


AMOR, A SOLUÇÃO

Auxiliemo-nos para sermos auxiliados. Se algum companheiro perde a força do ideal, sejamos aquele suporte de amor que o escore na travessia do desânimo, a fim de que o vejamos refeito para bênção do Serviço. 

Se outro sofre provações ou privações de qualquer natureza, sejamos nós o apoio sobre o qual se mantenha para atingir novamente a segurança precisa.

Se outro se desgoverna na sombra da irritação, façamo-nos, junto dele, o silêncio e a prece capazes de repô-lo na rearmonização necessária. 

Se outro ainda nos pareça indiferente ou distante, envolvamo-lo em calor de entendimento e ternura, a fim de que volte ao clima da paz e da eficiência em louvor do Cristo.

Em síntese, convertamo-nos, por amor, em suplementações uns dos outros, no  levantamento do bem, de vez que, assim agindo, estaremos glorificando a bendita herança do trabalho que Jesus nos legou, não somente ofertando-lhe o rendimento justo, mas, também, cumprindo o excelso programa de nosso Divino Mestre, quando nos exortou:

- Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.
(Obra: Mais Luz - Chico Xavier/Batuíra)

O Próximo e Nós



Esperas ansiosamente encontrar o Senhor e um dia chegarás à Divina Presença; 
entretanto, antes de tudo, a vida te encaminha à presença do próximo, porque o próximo 
é sempre o degrau da bendita aproximação. 
Mas quem é o meu próximo? - perguntarás decerto, qual ocorreu ao Doutor da Lei nas 
luzes da parábola.

Todavia, convém saber que, além do próximo mais próximo a quem nomeias como sendo 
o coração materno, o pai querido, o filho de nossa bênção, o irmão estimável e o amigo 
íntimo, no clima doméstico, o próximo é igualmente o homem que nunca vista, tanto 
aquele que te fixa indiferente em qualquer canto da rua. É a criança que passa, o chefe 
que te exige trabalho, o subordinado que te obedece, o sócio de ideal, o mendigo que te 
fala a distância...

É a pessoa que te impõe um problema, verificando-te a capacidade de auxílio; é quem te 
calunia, medindo-te a tolerância; quem te oferece alegria, anotando-te o equilíbrio; é a 
criatura que te induz à tentação, testando-te a resistência... É o companheiro que te 
solicita concurso fraterno, tanto quanto o inimigo que se sente incapaz de pedir-te o mais 
ligeiro favor.

Às vezes tem um nome familiar que te soa docemente aos ouvidos; de outras, é 
categorizado por ti à conta de adversário, que não te aprova o modo de ser. Em suma, o 
próximo é sempre o inspetor da vida que nos examina a posição da alma nos assuntos da 
Vida Eterna. Entre ele e nós se destacam sempre a necessidade e a oportunidade a que 
se referia Jesus na parábola inesquecível.

Isto porque o Bom Samaritano foi efetivamente o socorro para o irmão caído na estrada 
de Jerusalém para Jericó, mas o irmão tombado no caminho de Jerusalém para Jericó foi 
para o Bom Samaritano, o ponto de apoio para mais um degrau de avanço, no caminho 
para o encontro com Deus.
 
(Obra: Rumo Certo - Chico Xavier / Emmanuel)



Pesquisa revela poder da energia liberada pelas mãos


Energia liberada pelas mãos consegue curar malefícios, afirma pesquisa da USP



Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”.

Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.

Segundo o cientista, durante seu mestrado foi investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou.

A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou.

As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição.”

Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress.
O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre deste ano. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a partir de abril do ano que vem.

http://www.rac.com.br/projetos-rac/correio-escola/107097/2011/11/25/pesquisa-revela-poder-da-energia-liberada-pelas-maos.html

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Regis Mesquita
Campinas - SP
http://www.tvphipnose.com.br/

No Zelo Fraternal

"Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia." - Paulo. (I Coríntios, 10:12).



        Observaste com pesar todos os irmãos do caminho que se arrojaram em situações aflitivas, angariando para si mesmos complicados problemas na sombra:

        - os que perderam a confiança na Providência Divina e se desbordaram nos precipícios da rebeldia;

        - os que desanimaram à frente das tentações e caíram no logro da morte voluntária;

        - os que abandonaram as obrigações santificantes que lhes competiam, a pretexto de fadiga ou dificuldade;

        - os que esmoreceram no serviço de elevação espiritual e buscaram repouso nos refúgios da ilusão;

        - os que se aprisionaram nas armadilhas da delinqüência;

        - os que se enrodilharam nas teias da obsessão;

        - os que se cansaram de fazer o bem;

        - os que trocaram os percalços do trabalho pelos enganos do comodismo.



        Diante de todos eles, os nossos irmãos que entraram no cipoal dos obstáculos maiores, não pronuncies censura ou condenação. Ao invés disso, ora por eles.



        Recordemos a sábia advertência do apóstolo Paulo:

        - "Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia."



            Livro: Benção de Paz

            Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

A função Ouvir



Um dos grandes prejuízos do homem contemporâneo é a perda da sutileza de seus sentidos. Existem muitos trabalhos, ou mais ou menos recentes, a esse respeito, principalmente no que se refere ao tato e ao contato corporal. De maneira geral, pode se afirmar que o homem contemporâneo, focaliza o contato visual em detrimento dos outros sentidos. É a nossa adaptação ecológica ao mundo em que vivemos que determina, em grande parte, os sentidos mais utilizados. Dependemos muito mais da visão para atravessar a rua, ver televisão, ler e escrever do que, por exemplo, da audição.          

Um índio atravessando uma floresta ouve dois barulhos. Do seu lado direito, ele ouve um ruído e o identifica com o de uma onça. Do seu lado esquerdo, ouve outro ruído que identifica com o de uma paca. Neste exemplo, percebe-se com clareza que ele faz uma opção importantíssima a partir de uma identificação auditiva. Do lado direito, provavelmente encontraria a morte, enquanto que, do lado esquerdo, daria com o alimento imprescindível a sua vida. Esta é uma situação comum para quem vive como o índio, em uma floresta, onde ouvir é enxergar no escuro.
Se chamamos de escuro as áreas que a visão não alcança, seja atrás da moita, seja em nosso interior, onde reinam eternas sombras(os intestinos, o cérebro, uma boca fechada), o acesso a essas “”áreas de sombra”” será feito através do tato, da audição, da intuição, do insight, e não pela visão.        O ouvir está relacionado com a capacidade de entrega, de ser receptivo e cooperativo. Trata-se de uma atividade basicamente yin, carente numa sociedade altamente yang como a nossa. Segundo o físico Frijof Capra:        

(...) é fácil ver que nossa sociedade tem favorecido sistematicamente o yang em detrimento do yin – o conhecimento racional prevalece sobre a sabedoria intuitiva, a ciência sobre a religião, a competição sobre a cooperação, a exploração de recursos naturais em vez de conservação, e assim por diante.””   Lixo Sonoro – Poluição Certos efeitos da poluição sonora no organismo humano já são bem conhecidos. O excesso de ruídos determina uma enorme gama de doenças respiratórias, psíquicas e até cardiovasculares. A sobrecarga de estímulos sonoros poluentes, o lixo sonoro, gera grande tensão. A maior parte das pessoas reage a essa tensão de forma cumulativa e pouco consciente: irritação, agressividade, estresse. Os efeitos da má utilização do som que penetra por todo o corpo, que altera os ritmos internos, os processamentos cerebrais e o humor são geralmente subterrâneos, mas nem por isso menos letais. Grande parte da sociedade tende a subestimá-los ou mesmo os desconhece. A poluição sonora, ou a quantidade de ruídos nas grandes cidades, tem alterado bastante o comportamento das pessoas, influenciando inclusive as relações sociais.        

O Dr. Steven Halpern relata uma experiência realizada por pesquisadores norte-americanos. Um pesquisador, com o braço engessado, deixa cair uma pilha de livros e papéis na calçada, entre pedestres. Começa a apanhar os livros com ar desanimado, como quem precisa de ajuda. Outro pesquisador está com um cortador de grama a poucos metros de distância.        Quando o cortador estava desligado, 80% dos transeuntes pararam para ajudá-lo a apanhar os livros. Quando ele estava ligado, apenas 15% pararam.        

Todo o metabolismo, os processos mentais, a própria inteligência e a adequação das respostas individuais às contingências da vida são fenômenos vibratórios. Passíveis, portanto, de interferência e intoxicação pela própria poluição sonora. No exemplo mencionado, observa-se como o interesse e a cooperação entre as pessoas diminuem drasticamente na presença do barulho.        É cada vez maior o volume do som nos anúncios de televisão, nos shows, nos carros de som, nas buzinas dos automóveis. Isto irrita as pessoas e as torna mais e mais competitivas e isoladas em suas cascas, incapacitando-as à introspecção, ao insight, às respostas criativas. Elas vão ficando cada vez mais distantes dos sons que inspiram e harmonizam como o som dos brejos, o marulhar das ondas, as batidas do coração, o revoar dos pássaros no fim da tarde.       Extraído do livro MÚSICA, SAÚDE E MAGIA de Ricardo Oliveira 

Pra que serve um amigo?


Pra que serve um amigo?
Pra tanta coisa... não é? Para Instalar o XP no computador
e não cobrar nada, mesmo perdendo horas e horas a fio!
Para trazer muamba do Paraguai e quase ser preso!
Para emprestar o carro e recebê-lo de volta com multa
e 21 pontos na carteira.
Pra rachar a gasolina, emprestar a prancha,
recomendar um cd, dar carona para festa, passar cola,
caminhar no shopping, segurar a barra.
Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.
A amizade é indispensável para o bom funcionamento
da memória e para a integridade do próprio eu.
Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises e choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.
Um amigo não empresta apenas a prancha.
Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta
o tempo, empresta o calor e a jaqueta.
Um amigo não recomenda apenas um cd.
Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.
Um amigo não dá carona apenas para festa.
Te leva para o mundo dele e topa conhecer o teu.
Um amigo não passa apenas cola...
Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.
Um amigo não caminha apenas no shopping.
Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo,
sai do fracasso ao teu lado.  
Segura o  tranco, o palavrão, segura o elevador.
Duas dúzias de amigos assim, talvez, ninguém tem...
Se tiver um, amém!
Obrigado por tua amizade... Ela é muito importante para mim!