Quando se fala de magnetismo, é impossível não falar de
eletricidade, de fenômenos elétricos, de correntes elétricas e do modo
de produzi-las, de diferenças de potenciais, de tensões, de eletrolitos,
de eletrodos, de íons, de elétrons, de intercâmbios quânticos, do
efeito fotoelétrico... Desde sempre suspeitou-se que a antiga magia de
alguma maneira tinha algo que ver com o electromagnetismo e que a
alquimia, no fundo, perseguia o ideal das reações termonucleares. E no
entanto nunca, por complexo de superioridade, foi abordada a perspectiva
de averiguar se por casualidade gente como Salomão e demais ocultistas,
à vista dos dispositivos e materiais que usavam, e das "idéias acerca
da natureza e vida do universo, assim como de sua origem", (dos
conceitos de energia, formas de energia, transformação de energia,
ondas, elétrons, fotons, átomos, moléculas, campos elétricos e
magnéticos de forças, etc., em
definitivo; eles foram os autores, assim como de radiações,
transmutações, ação de distância, etc.) não eram considerados
"magos" por dominar esses conhecimentos e aplicá-los a utilidades
práticas, conforme tecnologias simples.
Magia e ciência
Não nos esquecemos, acerca do que cabe pensar de sua fama de
"magos", que na realidade todos os homens de ciência, possuidores de
alguns conhecimentos e algumas técnicas que estão longe do alcance do
saber vulgar e comum das massas, aos olhos destas realizam prodígios
"mágicos". E que a história é melhor manifestada pelos "homens de letras
que de ciência", ou melhor, pessoas cuja inteligência não se encontra
precisamente dedicada a averiguar os mistérios da física, da química e
da biologia, ramos do saber que frenqüentemente os encontram a nível de
analfabetos e semianalfabetos.
Existem indícios sérios de que o grande saber oculto, de Salomão
neste caso, fosse oculto porque era ininteligível para a imensa maioria
dos homens de sua época, e que esse saber, era escarvado em busca do
sentido recôndito das religiões sumérias e egípcias das épocas mais
longínquas, se fossem decifradas as analogias das linguagens e relatos
míticos, indubitavelmente posteriores, ou obra de pessoas não versadas
em matéria, aparece simples e majestosamente como ciência, experimental,
teórica e aplicada.
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