Iansã de Balê








IANSÃ – A Senhora dos Ventos



Princesa yorubana cultuada nas regiões de Nupe e Tapa. Ao lado de Xangô, seu primo e marido, conquistou um vasto império. Grande Senhora, domina os raios e as tempestades, é a divindade que conhece a força dos ventos, evocando-os quando necessário. Iansã recebeu, de Olorun, a missão de transformar e renovar a natureza através do vento, que ela sabe manipular. O vento nem sempre é tão forte, mas, algumas vezes, forma-se uma tormenta, que provoca muita destruição e mudanças por onde passa, havendo uma reciclagem natural. Normalmente, Iansã sopra a brisa, que, com sua doçura, espalha a criação, fazendo voar as sementes, que irão germinar na terra e fazer brotar uma nova vida. Além disso, esse vento manso também é responsável pelo processo de evaporação de todas as águas da terra, atuando junto aos rios e mares. Esse fenômeno é vital para a renovação dos recursos naturais, que, ao provocar as chuvas, estarão fertilizando a terra. Apesar de dominar o vento, Iansã originou-se na água, assim como as outras Orixás, que possuem o poder da procriação e da fertilidade. Na Nigéria, existe um rio com seu nome, que assim se originou, segundo conta essa uma antiga lenda em que Iansã foi desafiada pelos sacerdotes de sua aldeia, que duvidaram de sua capacidade de irrigar a terra. Para eles, sua única função era a de levantar o vento para espalhar as sementes. Sentindo-se muito ultrajada, resolveu mostrar a eles do que era capaz. Na frente de todos, rasgou ao meio um pano escuro de sua indumentária. Usando seus pés, sulcou uma grande extensão de terra, onde esses panos foram jogados e, ao entrarem em contato com o solo, transformaram-se num grande rio. Iansã possui um grande conhecimento, adquirido através da convivência com muitos orixás, como Ogum, com quem aprendeu os caminhos; Oxóssi, com quem aprendeu a caçar; Xangô, seu eterno companheiro; Omulu-Obaluaiê, com quem compartilha o reino dos Eguns; Orunmilá e Oxalá, entre outros. Vivia com eles o tempo necessário para aprender o que precisava, deixando-os em seguida, para continuar com suas andanças pelo mundo. Alguns tentaram, em vão, prendê-la, mas é impossível segurar o vento. A liberdade é muito importante para ela. Foi com Xangô, seu marido, que passou mais tempo, pois os dois se completavam. Mas, apesar disto, ergueu-se contra ele em defesa de seu povo, fazendo com que recuasse. Nem mesmo Xangô conseguiu dobrá-la. Guerreira poderosa, é também detentora de poderes de feitiçaria, não temendo nada nem ninguém. Nunca fugiu das batalhas, agindo sempre com uma força devastadora. Ela se transforma com muita rapidez para destruir o inimigo, voltando ao normal logo em seguida, como se nada tivesse acontecido. Segundo a lenda, Iansã teria abandonado seus nove filhos para partir em novas empreitadas. Isso não quer dizer que ela não os amava. Ao contrário, ela precisava lutar para ter condições de criá-los e defendê-los, além disso, não podia levá-los consigo nessas guerras. Com Oxalá, grande orixá fun-fun, aprendeu sobre o uso do raciocínio e o dom da paciência. Por isso ela não desiste facilmente de seus objetivos, sabendo esperar o momento certo para conquistá-los. Iansã é puro movimento. Não pode ficar parada, para não extinguir sua energia. O vento nunca morre, ele está sempre percorrendo novos espaços. Ela tem o domínio e o conhecimento sobre os eguns (espíritos desencarnados). Após a morte e a limpeza do corpo, que é realizada por Omulu-Obaluaiê, Iansã encarrega-se de levá-los até os portais do orun (mundo paralelo), onde eles são entregues ao Comando dos Exus Caveiras, que são os Exus que guardam as portas dos Umbrais. Iansã, em tempos remotos, era patrona (ou matrona) de uma sociedade secreta feminina, que cultuava os ancestrais (pessoas já desencarnadas pertencentes à religião), que denominamos Egungun, ritual onde são trazidos a terra espíritos de pessoas já desencarnadas. Foi o orixá Ogun que conseguiu acabar com a primazia das mulheres nesse culto, que passou a ser exclusivamente masculino. Mas, apesar disto, Iansã ainda é reverenciada nessa sociedade. Iansã, segundo a mitologia, é um orixá muito forte, enfrentando a tudo e a todos por seus ideais. Não aceita a submissão ou qualquer tipo de prisão. Faz parte de sua indumentária a espada curva (alfanje), o eruêxin (espécie de espanador feito de rabo de boi, dado por Oxóssi com que ela espanta os Eguns), além de muitos braceletes e objetos de cobre. Sua dança é muito expansiva, ocupando grande espaço e chamando muita atenção. Tem como domínios os ventos, cemitérios, taquarais, caminhos e bambuzais etc.


Iansã de Bale é uma qualidade de Iansã que tem caminhos fortes com eguns, ela é a única que dança com eles, seu lugar é o cemitério.
Usa coral e branco, acredito que possa ser homenageada no dia de Iansã mesmo, dia 4 de Dezembro.
É uma Iansã muito forte e uma das mais bravas e impetuosas, minha melhor amiga é filha desta linda mãe.
A vela pode ser coral (avermelhado) ou branca, como flores você pode oferecer gerberas e como comiga pode dar um bonito acarajé e uma champanha.

Axé
Pandora



MÃE IANSÃ


lansã é a aplicadora da Lei na vida dos seres emocionados pelos vícios. Seus campo preferencial de atuação é o emocional dos seres: ela os esgota e os redireciona, abrindo-lhes novos campos por onde evoluirão de forma menos "emocional".

No comentário sobre o orixá Egunitá já abordamos nossa amada mãe lansã. Logo, aqui seremos breves em nosso comentário sobre ela, que também foi analisada no capitulo reservado ao orixá Ogum. 

Como dissemos antes, lansã, em seu primeiro elemento, e ar e forma com Ogum um par energético onde ele rege o pólo positivo e é passivo pois suas irradiações magnéticas são retas. lansã é negativa e ativa, e suas irradiações magnéticas são circulares ou espiraladas.

Observem que lansã se irradia de formas diferentes: é cósmica (ativa) e é o orixá que ocupa o pólo negativo da linha elemental pura do ar, onde polariza com Ogum. Já em seu segundo elemento ela polariza com Xangô, e atua como o pólo ativo da linha da Justiça, que é uma das sete irradiações divinas.

Na linha da Justiça, lansã é seu aspecto móvel e Xangô é seu aspecto assentado ou imutável, pois ela atua na transformação dos seres através de seus magnetismos negativos.

lansã aplica a Lei nos campos da Justiça e é extremamente ativa. Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.

As energias irradiadas por lansã densificam o mental, diminuindo seu magnetismo, e estimulam o emocional, acelerando suas vibrações.

Com isso, o ser se torna mais emotivo e mais facilmente é redirecionado. Mas quando não é possível reconduzi-lo à linha reta da evolução, então uma de suas sete intermediárias cósmicas, que atuam em seus aspectos negativos, paralisam o ser e o retém em um dos campos de esgotamento mental, emocional e energético, até que ele tenha sido esgotado de seu negativismo e tenha descarregado todo o seu emocional desvirtuado e viciado.

Nossa amada mãe Iansã possui vinte e uma lansãs intermediárias, que são assim distribuídas:

Sete atuam junto aos pólos magnéticos irradiantes e auxiliam os orixás regentes dos pólos positivos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo os princípios da Justiça Divina, recorrendo aos aspectos positivos da orixá planetária Iansã.

Sete atuam junto aos pólos magnéticos absorventes e auxiliam os orixás regentes dos pólos negativos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo seus princípios, recorrendo aos aspectos negativos da orixá planetária Iansã.

Sete atuam nas faixas neutras das dimensões planetárias, onde, regidas pelos princípios da Lei, ou direcionam os seres para as faixas vibratórias positivas ou os direcionam para as faixas negativas.

Enfim, são vinte e uma orixás lansãs intermediárias aplicadoras da Lei nas Sete Linhas de Umbanda.

Como seus campos preferenciais de atuação são os religiosos, não é de se estranhar que nossa amada mãe lansã intermediária para a linha da Fé nos campos do Tempo seja confundida com a própria Oiá, já que é ela quem envia ao tempo os eguns fora-da-Lei no campo da religiosidade.

lansã do Tempo, não tenham dúvidas, tem um vasto campo de ação e colhe os espíritos desvirtuados nas coisas da Fé, enviando-os ao Tempo onde serão esgotados. Mas, não tenham dúvidas, antes ela tenta reequilibrá-los e redirecioná-los, só optando por enviá-los a um campo onde o magnetismo os esvazia quando vê que um esgotamento total em todos os sete sentidos é necessário. E isto o Tempo faz muito bem!

Já lansã Bale, do Bale, ou das Almas, é outra intermediária de nossa mãe maior lansã que é muito solicitada e muito conhecida, porque atua preferencialmente sobre os espíritos que desvirtuam os princípios da Lei que dão sustentação à vida e, como vida é geração e Omulu atua no pólo negativo da linha da Geração, então ela envia aos domínios de Tatá Omulu todos os espíritos que atentaram contra a vida de seus semelhantes ao desvirtuarem os princípios da Lei e da Justiça Divina.

Logo, seu campo escuro localiza-se nos domínios do orixá Omulu, que rege sobre o lado de "baixo" do campo santo.

Mas também são muito conhecidas as lansãs intermediárias Sete Pedreiras, dos Raios, do Mar, das Cachoeiras e dos Ventos (lansã pura). As outras assumem os nomes dos elementos que lhes chegam através das irradiações inclinadas dos outros orixás, quando surgem as Iansãs irradiantes e multicoloridas. Temos:

• uma Iansã do Ar.
• uma Iansã Cristalina.
• uma lansã Mineral.
• uma Iansã Vegetal.
• uma lansã Ígnea.
• uma lansã Telúrica.
• uma lansã Aquática.


Bom, só por esta amostra dos múltiplos aspectos de nossa amada regente feminina do ar, já deu para se ter uma idéia do imenso campo de ação do mistério "Iansã".

O fato é que ela aplica a Lei nos campos da Justiça Divina e transforma os seres desequilibrados com suas irradiações espiraladas, que o fazem girar até que tenham descarregado seus emocionais desvirtuados e suas consciências desordenadas!

OFERENDA

Velas brancas, amarelas e vermelhas; champagne branca, licor de menta e de anis ou de cereja; rosas e palmas amarelas, tudo depositado no campo aberto, pedreiras, beira-mar, cachoeiras, etc.

TRECHOS EXTRAÍDOS DO LIVRO " CÓDIGO DE UMBANDA" DE RUBENS SARACENI


O GRANDE MISTERIO DA CHAMA VIOLETA


O Grande Mistério da Chama Violeta

Daí uma Taça de Chama Violeta em nome do Cristo
Ide Incendiar o Mundo com a Chama Violeta!


O vosso lugar de invocação é o vosso chakra da garganta. Ele também pode ser definido como plano de encarnação da vossa alma. Portanto digo para invocardes a chama por intermédio do chakra da garganta e para acrescentardes à vossa invocação, o instrumento do chakra do coração, colocando assim, o amor na chama e atraindo o amor da chama.
Usai o terceiro olho para invocardes a chama violeta com uma intensa visualização, atraindo a chama para o terceiro olho e dotando a chama com o momentum do fogo sagrado desse chakra.
Usai, então, cada um dos chakras para meditar na chama, para focalizar a chama, e para prestar devoção à chama, assim como recebeis a devoção da chama.
Quanto mais criativos fordes no uso da chama violeta, mais compreendereis que a chama violeta é um ritual, possui a consciência do ritual e aguarda com expectativa as horas do dia que consagrai à invocação de um mantra de chama violeta — ou, será que eu deveria dizer, à invocação da chama violeta através de um mantra?
Bem, o mantra é a chama, e a chama é Deus, e o mesmo se aplica ao mantra!
A questão é: Sois vós todos os três? Sois vós a chama, o mantra e a manifestação de Deus?
Esta é a mestria que aguardais com expectativa quando visualizais a chama elevando-se desde abaixo de vossos pés, elevando-se, pulsando e purificando todos os níveis de vosso ser.
Então, quando a concentração fica completa no corpo físico e vós as vedes e a sentis, deixai que ela se estenda lentamente, a partir de vós, como uma aura que possui o magnetismo da chama violeta, e deixai-a aumentar e intensificar.
E assim, amados, quando percorreis, lembrai-vos de colocar o vosso tubo de Luz para proteger o vosso momentum de chama violeta.
Mas estejais também prontos quando virdes os olhos de um portador de luz, de uma criança necessitada e de uma alma que olha para Deus pedindo ajuda. Que não temais ser um instrumento que transfere uma taça de chama violeta em nome de Cristo.
Possuir um reservatório de chama violeta significa que ao invocardes a chama violeta, estais usando a ação do grandioso mar da chama violeta no coração da terra, estais usando a poderosa ação da Cruz de Malta de Saint Germain, estais estabelecendo este pilar de fogo onde estais, multiplicado pelo vosso próprio reservatório.
Acima de tudo, esta é a sétima era e a sétima dispensação, amados. É a era e momento em que todos vós podeis tornar-vos sacerdotes e sacerdotisas da Ordem do Senhor Zadkiel, de Melquizedeque, de Saint Gemain, de Zarathustra e Oromasis e de Diana.
É aquele momento em um ciclo completo de doze degraus, no qual é dado uma volta inteira ao redor do Relógio Cósmico das eras retornando ao lugar do signo de Aquário — o signo da liberação da alma através da chama violeta.
(Era, são ciclos de tempo. Um ciclo completo de 12 eras dura 25.800 anos. São 12 eras astrológicas de 2.150 anos cada. Assim como as nações, as eras tem sua ascensão e queda).
Em nenhuma outra era passada desde a última Era de Aquário, há doze ciclos atrás, houve uma oportunidade como esta para a transmutação global, a intermédio do Senhor e Salvador Jesus Cristo ao vosso próprio potencial cristico interno.
(A era de Aquário é uma era de Chama Violeta, no Amor divino, na 1 hora do Ciclo Cósmico).
Assim, amados, a oportunidade é imensa. Ela se engrandece com a dispensação de Omri-Tas que vos trouxe uma dispensação sem precedentes, dado o nível atual das evoluções da Terra, para reduzir os vossos ciclos cármicos, em anos-luz.
Sabei, portanto, que os estudantes nos retiros dos Mestres Ascensos na oitava etérea que não estão encarnados, consideram a importância deste dia do mês (dia 3 de cada mês)! Portanto todos os retiros do planeta inteiro estão simplesmente pulsando na alegria da chama violeta!
E nós guardamos esta chama e a conservamos e a preservamos nas urnas do nossos altares. Assim, quando acontecer uma crise mundial ou os hierarcas do planeta e os Logos Solares anunciarem a necessidade de transformações na Terra, teremos nos altares de todos os retiros da Grande Fraternidade Branca na Terra, os recursos para aquinhoar essa chama violeta que temos invocado e guardado cuidadosamente para que seja possível uma transição suave, quando a Grande Lei decretar o equilíbrio desse carma que pesa fortemente no corpo da Terra e que tem sido carregado por tantos bilhões de almas que nela vivem.
Vede, assim, amados, que podeis fazer o mesmo! Podeis acender os fogos da chama violeta em todos os vossos chakras e em todos os níveis do vosso ser, uma vez que degrau após degrau, os vossos chakras representam os sete planos do céu.
Podeis subir estes degraus, amados! E podeis erguer os sefirotes ao ponto do EU SOU O QUE EU SOU.
(Sefirotes - do Hebreu Sephiroth; Na Cabala, são manifestações da luz de Deus para seus filhos. Os dez poderes ou potencias que compõem a árvore de Cabalistica da vida, os dez nomes de Deus, nomeados Kether (a coroa); Hochmah (sabedoria); Binah (compreensão); Hesed (compaixão); Geburah (força); Tiph'ereth (beleza); Netsah (triunfo); Hod (majestade); Yesod (fundação); e Malchuth (reino).)
Compreendei, assim, o significado dos ciclos segundo caminhais na Senda como um verdadeiro iniciado da Grande Fraternidade Branca.
Compreendei agora, amados, o grande mistério da chama violeta. A chama violeta é uma ação que pode ser acelerada, ou desacelerada, sintonizada com qualquer nível dos sete chakras.
Portanto, a chama violeta que guardais no coração, possuirá uma frequência diferente em relação a chama que guardais no chakra do plexo solar, e assim por diante.
E ao acelerardes os estágios da chama violeta, desde o chakra da base da espinha, até o chakra da coroa, ocorre uma aceleração da chama violeta que afeta todos esses níveis no corpo terreno.
Assim, ao começardes no chakra da base e prosseguir, elevando-vos até a coroa, experimentareis a Deus nos sete níveis do céu bem no vosso próprio ser!
Portanto eu vos digo para reconhecerdes o valor dos chakras no vosso corpo. Valorizai-os bem, amados, pois eles são cálices.
E no dia e na hora em que uma calamidade súbita ou uma doença terminal ou uma praga de qualquer natureza sobreviver ao vosso lar ou ao vosso corpo, tereis taças cheias de chama violeta que serão um remédio precioso, na forma de um precioso unguento que podereis utilizar espiritual e fisicamente.
Compreendei, portanto, amados, que pessoa que não passa recolhendo os seus cântaros por toda a sua cidade por toda a sua cidade e os seus habitantes para traze-los a um determinado local no terceiro dia do mês e enche-los com a chama violeta certamente não prevê que possa surgir o dia em que não haja mais chuva de chama violeta.
Portanto, nesse dia, os cântaros estarão secos se não os encherdes agora e estarão cheios se os encherdes agora!
Assim, amados, não se trata de um anuncio de letreiro. Pois a chama violeta é infinita – é infinita a partir do vosso próprio Corpo Causal de Luz, infinita desde o planeta violeta e de Omri-Tas.
Mas posso dizer-vos que nós, os irmãos e as irmãs que estudam com o nosso amado sacerdote Melquizedeque, que verdadeiramente foi rei de Jerusalém e sacerdote do Deus Altíssimo, conhecemos o valor de acumular a chama violeta.
E vos pedimos para que façais o mesmo, amados, na vossa oitava. Pois onde existem bolsões de concentração da chama violeta e vós na vossa alegria e amor pelos amados Saint Germain e Pórcia e por tudo o que eles fizeram por vós, isto mantém esta chama violeta.
Muito bem, vede, sois como pontos que acendem um mundo inteiro com a chama violeta. Sois praticante um acendedor! E alguém que chegue pode invocar uma única chama violeta e conseguir todo o momentum que ela possui. Assim, a chama violeta será contagiosa! Ela saltará de coração em coração, de continente em continente, de vilarejo em vilarejo!
Compreendeis amados? A nossa meta é ver o planeta Terra tornar-se, tal como ele deveria ser, um planeta violeta!
E assim, Omri–Tas e todos os poderosos seres do Planeta Violeta torcem por vós. É por isto que Alfa veio com a quarta aflição. Pois esta aflição desce para atar as forças do anticristo que aviltam a Mãe Divina na sua progênie e nos seus filhos e filhas.
(Cada ascensão e queda de uma Era, é dividida em quatro fases. No momento estamos vivendo a fase de Kali Yuga que é a fase final e de maior decadência do final de uma era.)
Este julgamento tem que acontecer, pois não permitiremos que os caídos abusem da chama violeta. Pois todas as chamas podem ser abusadas pelos magos negros da senda da mão esquerda, e eles usam-na não para libertar, e sim para aprisionar.
Portanto, sabei disto, amados. E assim chegará o momento em que haverá um limite na quantidade de chama violeta que a Terra poderá receber, a menos que, e até que, estes caídos sejam atados.
Felizes sois vós que compreendeis o conceito dos grandiosos trabalhos dos Elohim de Deus, de forma que podeis realizar um trabalho fácil e um trabalho rápido para atar as forças do Mal que desejam abusar das próprias dádivas de Saint Germain, que ele tão amorosamente concedeu aos seus; pois as forças do Mal já estão abusando delas, assim como abusaram da ciência e da tecnologia e em todas as manifestações desde os dias finais da Atlântida.
E, conforme sabeis, estas manifestações dos abusos da ciência foi na realidade, uma das principais causas do afundamento da Atlântida.
Felizes sois vós quando possuis a iluminação! Podeis considerar que eu vós trouxe a chama violeta mas o que eu vos trouxe foi a chama violeta da chama da iluminação!
Escutai agora o seguinte. Existe a chama violeta do raio azul. Existe a chama violeta do raio amarelo. Existe a chama violeta do raio rosa. Existe a chama violeta do raio branco. Existe a chama violeta do raio verde. Existe a chama da violeta púrpura e dourado salpicado de rubi. E existe a chama violeta do sétimo raio da chama violeta!
Agora, portanto, amados, observai como a chama violeta pode elucidar a mente, o coração, o corpo e o ser, acerca de toda a compreensão, todo o conhecimento, toda a percepção, todos os sentidos, todas as funções dos chakras.
Isto pode acontecer quando são purgados, revivificados e purificados pelo elixir da chama violeta. É porque vedes a cada uma das cores de forma mais brilhante!
Vedes o cristal e o núcleo de fogo branco de cada raio de uma forma mais brilhante!
Assim a chama violeta tem um aspecto em cada um dos sete raios. E ao invoca-la e permitir que ela complemente os sete raios, amados, aprendereis a mais acerca desses raios do que jamais haveis aprendido quando apenas vós concentráveis unicamente nesses raios.
A chama violeta é certamente a aura universal do planeta neste momento, pois muitos anjos, elementais e Guardiães da Chama a invocaram.
Digo que continueis a invoca-la, pois recebereis os maiores de todos os milagres através desta chama e através desta combinada com outras.
Enfatizamos a iluminação, amados, porque, certamente, sem a iluminação, o que existe são simplesmente as trevas absolutas e a noite escura da alma e a noite escura do Espírito, onde não há nenhuma vela.
Trago-vos, juntamente com todos os sacerdócios de Melquizedeque que estão aqui comigo nesta noite — velas, velas de chama violeta.
A cera, ou alguma outra substância semelhante, é da cor da chama violeta e a chama é da cor violeta.
Tomai agora a vossa vela, amados. Segurai-a diante de vós! 

Ficai em paz! Sede um Guardião da Chama! E ide incendiar o mundo com a chama violeta! Eu me inclino diante da chama violeta que está dentro de vós e digo-vos adeus.


Pérolas de Sabedoria VOL.35 No.37
Ditado de Um Porta-Voz da Delegação do Sacerdócio de Melquizedeque, dado a mensageira Elizabeth Clare Prophet 
Correção de tradução e comentários entre (parênteses) - Paulo R Simões –
(foto de Melquizedeque da The Summit Lighthouse)




A Transmutação Mental

"A Mente (tão bem como os metais e os elementos) pode ser transmutada de estado em estado, de grau em grau, de condição em condição, de polo em polo, de vibração em vibração. “A verdadeira transmutação hermética é uma Arte Mental.” − O CAIBALION.


Como dissemos, os Hermetistas eram os antigos alquimistas, astrólogos e psicologistas, tendo sido Hermes o fundador destas escolas de pensamento. Da astrologia nasceu a moderna astronomia; da alquimia nasceu a moderna química; da psicologia mística nasceu a moderna psicologia das escolas. Mas não se pode supor que os antigos ignoravam aquilo que as escolas modernas pretendem ser sua propriedade exclusiva e especial. As memóriasgravadas nas pedras do Antigo Egito mostram claramente que os antigos tinham um grande conhecimento de astronomia, a verdadeira construção das
Pirâmides representando a relação entre o seu desenho e o estudo da ciência astronômica. Não ignoravam a Química, porque os fragmentos dos antigos escritos mostram que eles conheciam as propriedades químicas das coisas; com efeito, as antigas teorias relativas à física vão sendo vagarosamente verificadas pelas últimas descobertas da ciência moderna, principalmente as que se referem à constituição da matéria.

Não se deve crer que eles ignoravam as chamadas descobertas modernas em psicologia; pelo contrário, os egípcios eram especialmente versados na ciência da Psicologia, particularmente nos ramos que as modernas escolas ignoram; que, não obstante, têm sido encobertos sob o nome de ciência psíquica, que a confusão dos psicólogos da atualidade, fazendo−lhes com repugnância admitir que afinal pode haver alguma coisa nela.

A verdade é que, sob a química material, a astronomia e a psicologia (que é a psicologia na sua fase de ação do pensamento), os antigos possuíam um conhecimento da astronomia transcendente, chamada astrologia; da química transcendente, chamada alquimia; da psicologia transcendente chamada psicologia mística. Possuíam o Conhecimento Interno como o Conhecimento Externo, sendo o último o único possuído pelos cientistas modernos.

Entre os muitos ramos secretos de conhecimento possuídos pelos Hermetistas estava o conhecido sob o nome de Transmutação Mental .


Fonte: Arsenal Gnóstico
O Grimório do Mago



Onde Você Coloca o Sal?



Certo dia, um velho Mestre enxergou ao longe um de seus discípulos preferidos que estava cabisbaixo e aparentando profunda tristeza. Lentamente, ele se aproximou e pediu ao jovem que colocasse um punhado de sal em um copo d’água e bebesse.
Então o Mestre perguntou: “Qual é o gosto?”.
E o discípulo respondeu: “Ruim”.
Com um leve sorriso em seus lábios, o Mestre indicou ao jovem que o seguisse até a beira de um lago nas proximidades. Ali chegando, disse ao jovem que novamente enchesse a mão com sal e atirasse no lago.
Novamente o velho Mestre disse ao discípulo: “Beba um pouco dessa água”.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou: ”Qual é o gosto?”.
E assim que terminou de sorver o líquido, o rapaz respondeu: ”Bom!”
Então o Mestre perguntou: ”Você sente o gosto do sal?”
E o jovem disse: ”Não”.
Então o Mestre sentou-se ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse: “A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. Em outras palavras: É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.”


Fonte: Sociedade Gnóstica internacional



Quinta força fundamental prestes a ser descoberta?

São conhecidas atualmente quatro forças fundamentais da natureza: a gravidade, o electromagnetismo, a força nuclear forte e a força nuclear fraca, todas previstas pelo Modelo Padrão. Mas há tempos que os pesquisadores têm cogitado a possibilidade da existência de uma quinta força.
Essa nova força seria responsável por fazer com que partículas se conectem, mesmo estando à distâncias muito grandes. Essas interações estão sendo chamadas de spin-spin de longo alcance, e existem graças à ação de estranhas partículas chamadas unparticles (não-partículas).


Para testar essa ideia, pesquisadores não utilizaram um acelerador de partículas, como o LHC, mas sim a própria Terra. Se a quinta força fundamental da natureza for real, ela é capaz de conectar partículas na superfície da Terra com outras partículas localizadas à milhares de quilômetros abaixo, no interior do planeta.
O experimento, além de poder ajudar a colocar mais uma peça no imenso quebra-cabeça da física, pode dar uma luz no entendimento das partes interiores da Terra, como o manto e o núcleo.

Não-partícula

Quando posicionamos dois ímãs, um contra o outro, um fóton virtual é liberado a partir da atração ou repulsão do spin (propriedade do elétron). Alguns físicos acreditam que outro tipo de partícula virtual pode ser trocado entre os spins dos elétrons durante esse processo – são as “não-partículas”.
Evidências da unparticle foram demonstradas em um experimento em 2010, no acelerador Tevraton, nos EUA. No entanto, os resultados não foram conclusivos.
Agora, através de cálculos e de instrumentos para detectar interações entre geoelétrons, uma equipe de pesquisadores liderada por Larry Hunter, da Universidade Massachusetts (EUA), criou uma mapa da magnitude e direção de spins de elétrons através do planeta, colocando novos rumos na busca pela unparticle.
Diversas partículas subatômicas foram medidas em vários laboratórios do mundo, obtendo uma energia diferente conforme à sua orientação em relação ao planeta. Como resultado, os pesquisadores conseguiram limitar a magnitude da interação spin-spin entre dois elétrons distantes, isto é, estimularam valores muito mais precisos que a quinta força pode apresentar, facilitando a sua detecção. [Science Daily]

A Religião WICCA.






A WICCA é uma religião neopagã, mistérica, iniciática e sacerdotal que tem seu culto destinado a um casal divino cósmico, criador e imanente. Tornou-se conhecida por meio de Gerald Brusseau Gardner (1884-1964) que com os conhecimentos obtidos em diferentes sistemas ocultistas e ramificações de BRUXARIA desenvolveu e compilou aquilo que viria a se tornar as bases da religião.

As práticas da WICCA são baseadas em diferentes sistemas de crença, culto, cultura, organização e mistérios dos povos Europeus. A Religião da forma que a conhecemos hoje é nova, criada por volta da década de 50, mas a origem de sua estrutura é bastante antiga.

A religião celebra a vida e a morte por meio de festivais sazonais conhecidos como Sabás, neles os praticantes se reúnem para meditar, agradecer, dançar, encontrar amigos, prestar culto aos DEUSES , projetar desejos para o futuro e harmonizar corpo, mente e espírito. Além dos Sabás, que são relacionados aos ciclos solares, os Wiccanos se reúnem também nos ciclos lunares para enviar oferendas, agradecimentos, pedidos, para se conectar com as divindades, fazer consagrações e purificações e demais práticas comuns a religião.

Para entender a Religião WICCA e saber se ela é um caminho válido para você dedique muito tempo e esforço lendo sobre sua origem, história, estrutura e crenças, para que obtenha um conhecimento mínimo sobre a religião. Após isso, busque sacerdotes capacitados para lhe tirar dúvidas e direcionar qual é o melhor caminho que você pode seguir dentro da religião.

Seguem abaixo alguns trechos de livros, ressaltamos que não temos responsabilidade sobre a veracidade das informações e as disponibilizamos apenas como uma forma de ampliar as possibilidades de leitura sobre o assunto. Pedimos que ao utilizar qualquer informação do site em outros locais que citem as fontes.

“A WICCA é a continuação de uma tradição de mistérios muito antiga, que veio para o ocidente a partir de 4000 a.C., unindo-se aos cultos ainda existentes e sendo posteriormente assimilada pelos celtas durante sua vinda para a Europa”. (...) “Mas se quisermos encontrar as bases da Wicca, devemos procurá-las nos cultos Paleolíticos da Velha Europa, que se estabeleceram mais tarde entre os minóicos, os etruscos, os gregos e posteriormente os romanos”. [MARTINEZ, p. 17]

“Wicca é uma religião de veneração da Natureza e da Divindade, ambos contendo os aspectos femininos e masculinos. É encontrada nas raízes espirituais das crenças e práticas Européias pré-cristãs. Quando a WICCAveio a público pela primeira vez no inicio dos anos 50 através dos esforços de Gerald Gardner, ela foi retratada como remanescente do antigo culto de fertilidade Europeu. Os praticantes se referem à WICCAcomo a Antiga Religião. Ela também era conhecida como a Arte dos Sábios. Superficialmente a WICCA moderna parece ser um sistema folclórico de magia tradicional”. [GRIMASSI, p.294]

“Wicca (nome alternativo para a arte da feitiçaria moderna) é uma religião de natureza xamanístíca, positi¬va, com duas deidades reverenciadas e adoradas em seus ritos: a Deusa (o aspecto feminino e deidade ligada à antiga Deusa Mãe em seu aspecto triplo de Virgem, Mãe e Anciã) e seu consorte, o Deus Chifrudo (o aspecto masculino)”.[DUNWICH, p. 08]

“A WICCA é uma religião filosófica (com certeza), mas com fundamentos e bases inegáveis”. (...) “A WICCA é realmente a religiosidade que se fundamenta nos ciclos naturais da terra. Uma tentativa do resgate mesmo que em novos moldes da consciência pagã de outrora”. (...) “Assim, a WICCA tem seus RITUAIS e filosofia fundamentados nas práticas agrícolas, pastoris e de respeito à TERRA iniciadas no paleolítico e neolítico”. [MILLENNIUM p. 07 e 18]

DUNWICH, WICCA a Feitiçaria Moderna, São Paulo: Bertrand Brasil, 2001.
GRIMASSI, Raven. Enciclopédia de WICCA e Bruxaria, São Paulo: GAIA, 2004.
MILLENNIUM. “Wicca – A BRUXARIA saindo sãs Sombras”. São Paulo: Madras, 2004.
MARTINEZ, Mario. WICCA Gardneriana, São Paulo: GAIA, 2005.

"Família Old Religion"
 Fonte: http://www.oldreligion.com.br


CORDA DE 81 NÓS E MAÇONARIA – por Martha Follain

“Maçonaria é uma ciência, uma filosofia, um sistema de doutrinas que é ensinado de maneira bastante peculiar e própria por suas alegorias e símbolos”. Albert G. Mackey (1807-1881– autor maçom)

Foto: amaconariarevelada.blogspot.com 

A Maçonaria é uma organização mundial de homens que, utilizando-se de formas simbólicas dos antigos construtores de templos, uniram-se para o propósito comum de se aperfeiçoarem na sociedade. Maçons partem da premissa que a Luz Oculta (Centelha Divina) existe em todos os homens - é preciso despertá-la por esforço próprio. Os conceitos fundamentais de antigos ensinamentos como Alquimia, Hermetismo, coincidem com a Doutrina Aristotélica de que todas as coisas tendem a alcançar à perfeição. E, a perfeição do interior, da própria alma, é o que almejam os obreiros maçons.

A Maçonaria utiliza-se da Simbologia, em seus ensinamentos e a Simbologia é a ciência mais antiga do mundo. Através dos símbolos, os povos primitivos se expressavam e comunicavam suas tradições. O primeiro aprendizado foi constituído por símbolos - em um tempo onde a linguagem oral era ainda incipiente, os símbolos foram o meio de comunicação. A palavra símbolo deriva da palavra grega “symbolom”, que significa juntar, reunir. Os símbolos são uma representação de objetos, ideias ou ações e são uma linguagem especial, compreensível pelo hemisfério direito do cérebro, isto é, a imaginação. Eles têm um efeito muito poderoso na mente humana, sendo mais eficientes do que palavras.

Isso porque o significado contido em um termo muitas vezes, não traduz de fato, a essência do que busca comunicar. Remontam às origens da humanidade sendo, fundamentalmente, esotéricos – revelam de forma velada a sabedoria cósmica que orienta cada indivíduo nos passos da iniciação interna. Os símbolos, segundo Carl Gustav Jung, (1875-1961: psiquiatra suíço, discípulo de Freud - maçom) não são apenas alegorias, porém, imagens com conteúdos que podem transcender a consciência (são arquétipos). Jung postulou: “O homem necessita de uma vida simbólica”. Como não existe nenhuma cultura antiga (e mesmo moderna) sem símbolos, pode-se inferir que, eles façam parte, necessariamente, da trajetória humana.

A observação de símbolos no interior de uma Loja Maçônica provoca estímulos no cérebro, que são processados e compreendidos pelo inconsciente, através da memória genética e do inconsciente coletivo: religiões milenares, seitas pagãs, oráculos (tarô, runas, numerologia, etc.), mitologias. Os símbolos inspiram e ensinam, e são a matéria prima de uma linguagem atemporal. Portanto, a Maçonaria não pode ser compreendida, somente intelectualmente. “O que interessa à filosofia maçônica não é apenas o homem em si, mas o homem símbolo”. – Rizzardo da Camino (1918-2008: escritor maçônico). Fundamentado na Simbologia, o ensinamento maçônico é pessoal e autodidático - para cada maçom, será o resultado de seus estudos.

São vários os símbolos maçônicos e a “Corda de 81 Nós” é um deles. Símbolo eivado de outros símbolos: corda, nó de Hércules ou laço, símbolo matemático do infinito, número 1, número 8, número 9 (8+1), número 3 número 40 (40 + 40).

Segundo João de Jesus Paes Loureiro (1939-: escritor, poeta e professor), “a corda é um signo universal que se estende transversalmente por várias culturas e em diferentes épocas. É um símbolo de ascensão. Desejo e meio concreto de subir. Na tradição védica ela é a força do arco. Assim aparece no Rig Veda, a grande epopéia dos Vedas”:

“Ei-la que se aproxima da orelha como se fosse falar, beijando seu querido amante, é a corda: esticada no arco, ela vibra como uma donzela salvadora na batalha”

Varuna, divindade indiana, tem nas mãos uma corda com a qual estabelece ligação com a humanidade. Entre os antigos egípcios, em seus hieróglifos, a corda é uma representação, e pode designar a vida ou o nome de um homem. Na Grécia antiga a corda está nas mãos da deusa da Fortuna, que pode acabar com a vida dos humanos segundo seus caprichos. Há também lendas gregas que falam em um cordoeiro, “Ocno”, que trançava uma corda que era logo comida por um burro, simbolizando o trabalho constante. As antigas lendas nórdicas contam que os feiticeiros atavam os ventos com cordas de 3 nós. Na África a corda faz parte dos rituais de magia. Na cultura maia as cordas simbolizavam o sêmen dos deuses, que caíam como chuva para fertilizar a terra. No Japão, para os xintoístas, a corda protege contra os maus espíritos. No Islamismo a corda serve para ascender aos céus, etc.. O simbolismo da corda remete ao vínculo e à solidariedade, sendo a união entre 2 pontos. Cordas com nós têm sido utilizadas para fins mágicos desde a antiguidade. Os nós teriam o poder de armazenar encantamentos, liberando-os, lançando-os quando fossem desatados. 

Na Maçonaria há a Corda de 81 Nós. Sua origem pode estar na Maçonaria Operativa, século XIII (e termina com a fundação da Grande Loja de Londres, em 1717), onde os construtores se utilizavam de cordas com nós para efetuarem marcações e amarrações (muito importantes, mormente quando se tratava da construção de um Templo). Na fase Especulativa da Maçonaria, (século XVIII em diante), adquiriu um significado mais simbólico. Inicialmente na Europa (e até hoje), a Corda possuía 12 Nós e representava a Cadeia de União. No Brasil, a Corda passou a ter 81 Nós, e as teorias para isso são as mais diversas. 

A Corda de 81 Nós tem relação com outros símbolos maçônicos: o Pavimento Mosaico , a Cadeia de União, a Orla ou Borda Dentada e as Romãs, símbolos estes que conduzem os maçons à sua união e ao fato que formam uma família - segundo a citação maçônica: “Se perguntarem a um maçom: Quantos sois vós? Respondereis: SOMOS UM SÓ”. 

Para os maçons, uma Corda com Nós é o símbolo de sua comunidade. O Nó simboliza o enlace e a união. A Corda circunda a Loja, com Nós equidistantes, e é colocada no alto das paredes e acima das colunas zodiacais (R.E.A.A.). O Nó central deve ficar por cima do Delta Luminoso, no centro da parede do Oriente, acima do Trono (cadeira do Venerável Mestre) e acima do Dossel, se ele for baixo, ou abaixo dele e acima do Delta, se o Dossel for alto. 40 Nós são distribuídos em igual distância na parede do Sul e 40 outros na parede do Norte. É permitido que a Corda de 81 Nós seja esculpida na parede, mas preferencialmente, deve ser feita com material natural podendo ser de sisal, cânhamo, juta, linho, etc. O Nó simboliza o enlace e a união. Os Nós isolados são frágeis, mas unidos, tornam-se extremamente resistentes. Os Nós representam os maçons, que se unem sem se fundir, sem perderem a sua individualidade.

Cada um dos Nós é chamado de “Laço de Amor” (ou Nó em Oito ou Nó Quadrado ou Nó Direito) que lembra o amor que deve existir entre os membros da Loja e entre maçons, de uma forma geral. Era conhecido pelos antigos gregos como Nó de Hércules. Este Nó é muito utilizado por ser fácil de fazer e por sua simetria, mas se for submetido a tensão em apenas uma de suas pontas pode se desfazer. Além disso, une 2 cabos de diâmetros iguais – em cabos de diâmetros diferentes ele também se desmancha. E esses, são alertas simbólicos para o maçom. A forma de cada Nó lembra o ato de perpetuação da espécie, já que consiste em um laço, o feminino, que é penetrado pela corda, masculino, representando a continuidade da vida e tem o desenho do símbolo matemático “infinito” ∞. Essa imagem é conhecida desde a antiguidade, e tem o nome de “lemniscata” - é o 8 deitado, símbolo matemático, um traço contínuo sem começo nem fim. A lemniscata é uma figura geométrica e aparece em antigos desenhos celtas e no caduceu do deus Hermes, o deus grego que levava as mensagens dos mortais para os deuses. No tarô, a lemniscata aparece em duas lâminas: acima da cabeça do Mago na lâmina 1 e na lâmina 11, a Força.. O simbolo do infiníto, ∞, representa algo realmente grande em número, incontável, e o inglês John Wallis (1616-1703: matemático) foi o primeiro a utilizá-lo. Esses Nós entrelaçados (que não se interrompem) são a imagem da união que liga, por uma cadeia indissolúvel, os maçons. São 81 “Laços do Amor Fraterno” existentes entre todos os membros da Loja, sendo que o 81 pode representar, simbolicamente, um número infinito. 

Alguns autores maçônicos indicam mais uma interpretação para o uso do “Laço do Amor”: maçons são conhecidos como “Filhos da Viúva” (Hiram Abiff, arquiteto construtor do Templo de Salomão, onde a Maçonaria pode ter iniciado, seria filho de um tírio, obreiro do bronze, e de uma viúva da tribo de Neftali - depois da morte de Hiram Abiff, os maçons teriam se tornado filhos da viúva; ou, Viúva, é a própria Maçonaria, como instituição, já que Hiram Abiff foi assassinado – assim seus filhos, maçons, seriam órfãos de pai). “e coincidência ou não, tempos atrás, os cordões de seda com que as viúvas cercavam seus rostos eram feitos de “Laços de Amor” que terminavam em borlas”. 

A Maçonaria, em seu conteúdo esotérico, preocupa-se também com os números e seu estudo, que é a Numerologia. A Numerologia interpreta os significados ocultos dos algarismos e é uma ciência tão antiga quanto a formação do universo. Era ensinada e praticada desde os mais remotos tempos e utilizada pelos fenícios, babilônios, egípcios, gregos, romanos, chineses, árabes e caldeus. Os números são considerados como símbolos muito significativos por quase todas as civilizações ainda hoje. Para essa ciência os números possuem um valor metafísico e representam a ordem e a harmonia cósmica. Tudo o que existe emite uma vibração que está associada a números. 

Pitágoras (580 a.C.- 497 a.C.: filósofo e matemático grego) deu uma contribuição muito importante para o desenvolvimento da Numerologia, e sua obra é a base da Numerologia moderna. Ele dizia que tudo se reduz a números, os quais determinam a harmonia da música, da arquitetura e até dos movimentos dos astros. 

Claro está que, as interpretações a seguir não satisfarão todos os exegetas.

O número de Nós da Corda, 81, leva a desdobramentos: número 1, número 8, número 9 (8+1), número 3 e número 40 (40 + 40).

O número 1, contém em potência, todos os demais números. Todo número está constituído pelo anterior mais 1. O número 1 materializado no Nó central acima do Trono do Venerável Mestre, representa a Unidade Indivisível, o símbolo do Criador, Deus (G.A.D.U.), o princípio e fundamento do Universo e é considerado um número sagrado. Esse Nó traduz que a Maçonaria é conduzida pelo G.A.D.U..

O número 8 simboliza a Justiça e, na Mitologia Egípcia, é representado pelo deus Anúbis. Anúbis, o deus com cabeça de chacal, julga os mortos com uma balança, onde em um dos pratos é colocada uma pena e no outro o coração do iniciado. O 8 representa a dicotomia emoção/mente e é representado por 2 círculos, um em cima do outro. Por sua vez, o círculo é representado pelo “Ouroborus”, que é um símbolo muito antigo resgatado pela tradição alquímica, onde se vê uma serpente que morde a própria cauda e devora a si mesma. Foi largamente usado nos desenhos celtas. Representa o equilíbrio entre o masculino e o feminino universais. É também a representação do infinito e do equilíbrio dinâmico universal. O “Ouroboros” é o símbolo da meta a ser alcançada, a união dos opostos. 

Sem início nem fim, o círculo traduz a eternidade, a imortalidade, a perfeição, posto que é alfa e ômega. O início e o fim da vida humana. O 8, sendo símbolo da morte iniciática e da passagem de um mundo a outro, significa a morte do iniciado para o mundo profano e o ingresso em um novo caminho – o maçônico. 

O número de Nós da Corda, 81, é um número sagrado, que na tradição cabalística é representado pelos 72 anjos que servem diante do trono de Deus mais os 9 Elohin, Mestres Construtores do Universo. E 81 anos era a idade de Hiram Abiff quando foi assassinado. Nos Templos maçônicos, o número 81 simboliza também os princípios místicos de todas as tradições esotéricas, por conduzir ao número 9: 8+1= 9, que é o símbolo da imortalidade, da regeneração e da vida eterna. É o número dos iniciados e dos profetas. É o princípio da Luz Divina, Criadora. O número 9 no simbolismo maçônico desempenha um papel variado e importante. É a humanidade. O número raiz do presente estado de evolução humana. O número de Adão. O número da iniciação: assinala o fim de uma fase de desenvolvimento espiritual e o início de outra fase superior. As 9 esferas celestes e os 9 espíritos elevados que as governam. O ilimitado. Os 9 orifícios do corpo humano. Os 9 meses da gravidez humana. O número dos ciclos humanos temporais na Terra. O número 9 representa as hierarquias angelicais: serafins, querubins, tronos, dominações, potestades, virtudes, principados, arcanjos e anjos. O número 9 também tem relação com o Zoroastrismo, criado por Siptman Zoroastro (6400 a.C.) na Pérsia. Essa doutrina estava firmada sobre 3 pilares: bons pensamentos, boas palavras e boas ações. Zoroastro caminhava sempre com o seu cajado de 9 nós, que representavam: um só Deus; destruição das imagens; autodisciplina; igualdade das castas; militância; organização; simplicidade; democracia e fraternidade universal. Além disso, 81 é o quadrado de 9, que por sua vez é o quadrado de 3, número perfeito e símbolo da Divindade.

O número 3 era considerado místico por quase todas as antigas culturas. Na Bíblia 3 eram os filhos de Noé: Sem, Cam e Jafé. Eram 3 os varões que apareceram a Abraão, 3 os dias de jejum dos judeus desterrados, 3 as 

negações de Pedro. As trindades divinas sempre existiram em todas as religiões: Shamash, Sin e Ishtar, dos sumérios; Osíris, Ísis e Hórus dos antigos egípcios; Brahma, Vishnu e Shiva, dos hindus; Yang, Ying e Tao, do Taoismo, etc., além da Trindade cristã, Pai, Filho e Espírito Santo. Outras trindades consideradas esotéricas: trindade Cabalística: Kether, Chokmah e Binah. A trindade Familiar: Pai, Mãe e Filho. A trindade Alquímica: Nigredo, Rubedo e Albedo. Os 3 Planos ou Dimensões: Material, Espiritual e Físico. As 3 partes do átomo: próton, elétron e neutron. As 3 perguntas da Esfinge: Quem é você? De onde vem? Para onde vai? As 3 faces do tempo: Passado, Presente e Futuro. Os 3 reinos da Natureza: Mineral, Vegetal e Animal. O espaço é tridimensional: Comprimento, Largura, e Altura. O Universo é Espaço, Tempo, e Matéria. Os 3 ciclos de vida: Nascimento, Apogeu e Morte. O Conhecimento: Música, Geometria, Astronomia, segundo Pitágoras. A composição do homem: Corpo, Alma, Espírito. As 3 esferas concêntricas do Universo: Natural, Humano e Divino; O número 3 ao ser desenhado, é formado por 3 ângulos.

Para o maçom o número 3 tem uma relevância especial: 3 são os graus da Maçonaria Simbólica: Aprendiz, Companheiro e Mestre . 3 são os princípios maçônicos: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. 3 são as Qualidades Maçônicas: Sabedoria, Força e Beleza. São 3 as Luzes da Loja: Venerável Mestre, Primeiro Vigilante e Segundo Vigilante. 3 Ordens da Arquitetura Grega utilizadas nas colunas: Dórica, Jônica e Coríntia. 3 são as qualidades exigidas para aqueles que postulam entrar para a Ordem: Vontade, Amor e Inteligência. 3 são as Jóias Fixas da Loja: Prancheta, Pedra Bruta e a Pedra Polida. 3 são as Jóias Móveis da Loja: o Esquadro, o Nível, e o Prumo. 3 são as Grandes Luzes: Sabedoria, Força e Beleza. 3 são as Virtudes Morais que devem estar no coração do maçom: Fé, Esperança e Caridade. Os 3 Pontos que identificam o maçom usados após sua assinatura, nas abreviaturas e nos códigos maçônicos: os 3 Pontos dispostos em triângulo equilátero são uma das expressões da Luz Interior e do Espírito que presidiu à Criação do Mundo. A tradição grega considerava o triângulo a imagem do céu. O triângulo é a mais estável das formas poligonais. 3 Pontos traduzem a concepção piramidal egípcia. Símbolo sexual masculino completo: pênis mais testículos. 

O número 40. 40 Nós para cada lado da Corda (excetuando-se o Nó Central). Em Numerologia 40 é o número simbólico da penitência, da provação da expectativa e do julgamento: os 40 dias do dilúvio bíblico. Os 40 dias que Moisés passou no deserto com o Senhor. Israel comeu o maná durante 40 anos. Os 40 dias do jejum de Jesus. 40 açoites (tem a ver com julgamento) era a pena máxima de chicotadas. Ezequiel levou a iniquidade da casa de Judá por 40 dias. Os 40 dias que Jesus esteve na Terra após a ressurreição. Jesus foi tentado por 40 dias. 40 anos os judeus peregrinaram pelo deserto até chegar a Canaã, a Terra prometida. Saul, Davi, e Salomão reinaram cada um durante 40 anos. Elias jejuou 40 dias. A Quaresma dura 40 dias. Antigamente certos doentes mais graves ficavam em quarentena como se tal fosse o período necessário para purificação. 

Há ainda as 2 borlas presas às extremidades da Corda em torno da porta de entrada, e são 2 os possíveis simbolismos: que a Maçonaria está sempre aberta para receber candidatos que desejem receber seus ensinamentos, ou que a Ordem é dinâmica e progressista, recebendo novas ideias em benefício da evolução individual e do progresso da humanidade. Essa segunda interpretação é a mais aceita. As borlas podem receber o nome de Justiça ou Equidade e Prudência ou Moderação.

Assim, a Corda de 81 Nós é um símbolo maçônico cheio de significados. Ela também funciona como uma “moldura”, que protege o sagrado do profano, especialmente durante os Rituais. É a representação da comunhão de ideais e objetivos, simbolizando a união fraternal, espiritual e a amizade entre maçons, trabalhando para a evolução da humanidade em qualquer parte do Planeta. 

Bibliografia:
- Internet;
http://www.lojasabedoria.com.br/index.php?option=com_k2&view=itemlist&task=category&id=4&Itemid=13&limitstart=42 – “os cordões de seda com que as viúvas cercavam seus rostos eram feitos de “Laços de Amor” que terminavam em borlas”.

- http://www.jornalobruxo.org/2013/04/universo-simbolico-magiah-dos-nos.html - Universo Simbólico: A Magiah dos Nós - Simples, porém eficaz! D’anjelo Terah - estudante de Artes Visuais. Fundador do Círculo de Estudos Pagãos Tuatha Lunar; 


- Camino, Rizzardo da - “Ritualística Maçônica” - São Paulo, Editora Madras, 1998;
- Castellani, José - “O Rito Escocês Antigo e Aceito - História, Doutrina e Prática” - São Paulo Editora A Trolha, 1995;
- Castellet, Alberto Victor - “O que é a Maçonaria” - São Paulo, Editora Madras;
- Leadbeater, C. W. - “A Vida Oculta Na Maçonaria” - São Paulo, Editora Pensamento, 1969;
- Mackey, Albert G. - “O Simbolismo da Maçonaria - Volume 1” - São Paulo, Editora Universo dos Livros, 2008;
- Mackey, Albert G. - “O Simbolismo da Maçonaria - Volume 2” – São Paulo, Editora Universo dos Livros, 2008; 
- Revista Superinteressante - Editora Abril - Agosto/2006;
- Revista Superinteressante - Editora Abril - Setembro/2005;


TEXTO REGISTRADO NA BIBLIOTECA NACIONAL – DIREITOS AUTORAIS – Reprodução permitida, desde que, com todos os créditos da autora e de seu trabalho.

Martha Follain: Formação em Direito, Neurolinguística, Hipnose e Regressão. Terapia Floral de Bach, Aromaterapia, Terapia Floral de Minas, Fitoterapia Brasileira, Cromoterapia, Cristaloterapia, Terapia Ortomolecular, Bioeletrografia, Terapia de Integração Craniossacral - para animais humanos e animais não humanos. Consultora da “Phytoterápica”.
CURSOS À DISTÂNCIA – via INTERNET – criados e ministrados por Martha Follain: 
Curso de Aromaterapia para Uso em Animais;
Curso de Aromaterapia para Uso em Humanos;
Curso de Florais de Bach para Uso em Animais;
Curso de Florais de Bach para Uso em Humanos.
Curso de Cromoterapia para Uso em Animais:
Curso de Fitoterapia para Uso em Humanos;
Curso de Fitoterapia para Uso em Animais;
Curso de Cristaloterapia para Uso em Humanos.
INFORMAÇÕES:



Lendas dos Orixas - Obá perde a orelha.


 Xangô, rei de Oió, tinha três lindas esposas: IansãOxum e Obá.


Iansã
 era guerreira e muito inconstante. Oxum era doce e delicada, mas muito ardilosa. E Obá, a mais velha das três, também tinha o espírito guerreiro, porém era insegura por conta de sua idade.

Cada semana uma das esposas cozinhava, e como todo rei, Xangô decidia com qual esposa iria se deitar no dia. Obá percebia que Xangô procurava mais Oxum que a própria Iansã, a qual seria sua parte feminina. Também sabia que Oxum era uma grande feiticeira, conhecedora das ervas e de mistérios que ninguém mais conhecia.

Se questionou:

´´ Já não me procura mais, O que deve ser? Sou velha demais? Não agrado mais ao meu rei?``

Desconfiada, foi logo procurar Oxum assim que Xangô saiu de seus aposentos e encontrou a Iabá de frente para o espelho ajeitando um lenço que acabara de pôr em sua cabeça, cobrindo também suas orelhas.

Obá, meio sem jeito, arriscou de uma vez a perguntar qual era o segredo de Oxum para deixar seu rei tão encantado a ponto de procurá-la quase todos os dias.

Observando a insegurança da rival Oxum começou a se gabar:

´´  Você quer saber qual o meu segredo?! - Riu- Meu Rei me deseja toda noite porque tenho um ingrediente secreto que coloco em seu Amalá que o deixa insaciável por mim!  ``

Quanto mais Oxum falava, mais Obá se entristecia. Percebendo a fragilidade da mulher, promete ajudá-la. Diz que ensinaria a ela seu segredo, mas que deveria ser feito a risca, pois seria também uma prova de seu amor pelo rei. Obá concorda e Oxum diz:

´´ Meu segredo é simples... Cortei minhas orelhas e coloquei no Amalá de Xangô. O resultado você já viu, não é? Faça o mesmo, mostre-o como você o ama. ``

Na semana seguinte chegou a vez de Obá cozinhar e seguiu o conselho direitinho. Preparou o Amalá de seu esposo e para enfeitar o prato decepa sua orelha e a coloca no meio do prato. Ensanguentada amarra um lenço enfaixando sua cabeça e vai logo mostrar-se a Xangô.

A mulher ferida estava de joelhos, com os pratos nas mãos e feliz pelo ato de amor que fizera. Mas isso só causou em Xangô repugnância e Òdio. Oxum que também estava presente descobre a cabeça e mostra suas orelhas intactas e diz:


´´ Achas mesmo que Oxum vai cortar suas belas orelhas? As orelhas de Oxum só servem para carregarem jóias e serem acariciadas pelo amor de seu rei Xangô``

Foi a gota que faltava. Xangô brandando raios e trovões expulsa as duas iabás de seu palácio no céu, ficando somente com Iansã como esposa. Obá e Oxum se transformaram em dois rios que desceram em forma de cascata e toda vez que suas águas se encontram acontece um conflito, como a pororoca.

Axé!

Fonte: Autor desconhecido.