Lúcifer: Do Portador da Luz ao Símbolo do Mal

A palavra Lúcifer tem um peso enorme hoje em dia. Mas, acredite, sua origem é bem diferente da imagem de anjo caído que temos em mente. No mundo greco-romano, “Lúcifer” era apenas o nome dado ao planeta Vênus, a estrela da manhã, símbolo de esperança e renascimento.

Foi justamente esse significado positivo que fez com que um bispo do século IV fosse chamado Lúcifer de Cagliari. 

Ele foi um líder espiritual corajoso, que enfrentou imperadores e heresias, sendo até venerado como santo em algumas tradições.

Mas como esse nome virou sinônimo de diabo? A chave está em Isaías 14:12, um trecho que, originalmente, não falava de anjos ou demônios, mas de um rei da Babilônia. 

O texto satírico dizia: “Como caíste do céu, ó Lúcifer, filho da aurora”. Na época, a ideia era ironizar a arrogância desse rei. 

Só que, séculos depois, muitos intérpretes cristãos associaram esse versículo à queda de um anjo rebelde.

A partir daí, a palavra ganhou um novo peso simbólico. O que antes era brilho e luz passou a representar orgulho, queda e trevas.

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