Magia Elemental: Classificação dos Elementos e Suas Raízes

Magia Elemental: Classificação dos Elementos e Suas Raízes


Magia Elemental é o Sistema de Magia que se utiliza dos elementos como símbolos para a prática de rituais. Historicamente, o sistema ocidental de classificação dos elementos tem suas raízes na Grécia antiga, na tentativa de explicar o cosmo e o ser humano. 

Assim, o estudante pode tanto buscar a Magia Elemental para compreender o mundo ao seu redor quanto para de maneira subjetiva, entender a si mesmo.

Assim, aos elementos foram atribuídas algumas características principais:

O Fogo é quente e seco

A Água fria e úmida

O Ar quente e úmido

A Terra fria e seca

 

Note-se que, dependendo da visão utilizada, os elementos podem ser apenas símbolos para um ritual como objetos que possuem o mesmo tipo de energia do que aquela que se busca durante determinado ritual.

Externamente, pode-se associar os sólidos à Terra, os líquidos à Água, os gases ao Ar e o Plasma ao Fogo.

Por fim, por influência Aristotélica, foi concebido um quinto elemento, o Espírito ou Éter, que seria uma espécie de coordenador dos outros quatro elementos.

Os elementos normalmente são representados pelas cores Vermelho para o Fogo, Azul para Água, Amarelo para o Ar, Verde para Terra e Preto para o Espírito.

Pode-se traçar um paralelo entre as concepções clássicas dos elementos e a Teoria dos Tipos Psicológicos de (Carl Gustav) Jung , mais especificamente quanto às Funções Psicológicas. 

Este estudioso dividiu em quatro funções fundamentais: Pensamento, Sentimento, Sensação e Intuição.

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Possibilita-se assim uma visão subjetiva e interna da ação de quatro dos elementos sendo que as duas primeiras, Pensamento e Sentimento, seriam, para Jung, maneiras de tomar decisões, enquanto as duas últimas, Sensação e Intuição, seriam formas de apreender informações. 

E quando os elementos/funções estivessem em equilíbrio teriam as seguintes características.

O Elemento Ar pode ser comparado à Função Pensamento, caracterizado pela capacidade de tomar decisões objetivas, lógicas e coerentes. 

Assim, o predomínio deste elemento/função tende a levar o indivíduo à uma preferência por escolhas racionais, planejadas e eficazes.

O Elemento Água pode ser comparado à Função Sentimento, caracterizando subjetivamente um indivíduo que tem a preferência por sentimentos fortes, mesmo que tristes. 

A predominância deste elemento no indivíduo faz com que ele tenda a levar em conta valores ao tomar decisões.

O Elemento Terra pode ser comparado à Função Sensação, que seja a observação do concreto, do detalhe, do sólido. 

A experiência concreta, obtida por meio dos sentidos sempre prevalecerá. Subjetivamente este elemento faz com que a pessoa esteja sempre no presente, no agora, no momento atual, pronta para tomar decisões imediatas.

O Elemento Fogo pode ser comparado à Função Intuição, possuindo como característica a abstração, é uma forma de apreender informações que leva em conta o passado, o futuro e as implicações das escolhas. Trata-se de uma análise do efêmero permeada por processos inconscientes. Leva-se mais em conta a valoração dos objetos do que o objeto em si, relacionando-a com experiências passas ou informações inconscientes.

Existe ainda a relação que pode ser feita entre os elementos e os quatro elementos e o Tarô, primeiramente quanto aos naipes: Bastões [ou Paus], Copas [Corações ou Taças], Espadas e Discos [ou Pantáculos ou Ouros]. 

O Bastão é relacionado com o Elemento Fogo

Copas é relacionado com o Elemento Água

Espadas é relacionado com o Elemento Ar

Discos é relacionado com o Elemento Terra.

Outra relação possível entre os quatro elementos e o tarô é quanto às cartas da corte: Rei, Rainha, Príncipe e Princesa. 

O Rei representa o Fogo

A Rainha Representa a Água

O Príncipe representa o Ar. A Princesa representa a Terra.

Assim, pode-se perceber que poderá haver no Tarô uma mescla entre os elementos, podendo se falar que um Rei de Espadas é a manifestação ígnea do Ar ou uma Rainha de Discos é a manifestação aquática da Terra, etc.

Astrologicamente, os quatro elementos são distribuídos da seguinte maneira pelos Signos. O Fogo é o elemento dos signos de Áries, Leão e Sagitário. A Água e o elemento dos signos Câncer, Escorpião e Peixes. 

O Ar é o elemento dos signos Gêmeos, Libra e Aquário. A Terra é o elemento dos signos Touro, Virgem e Capricórnio.

Na classificação cabalista relacionam-se os quatro elementos com letras do alfabeto hebraico, primeiramente com as três letras mães onde o 

Fogo é ש [Shin ou Sin], a 

Água é מ [Mem, quando é grifado no final da palavra: ם] e o 

Ar é א [Aleph ou Alef]. O elemento 

Terra corresponde a última letra do alfabeto, que seja, o ת [Tau ou Tav]. 

Fogo, Água e Ar seriam elementos estritamente espirituais, que se manifestariam de maneira sensível quando cristalizados no quarto elemento, a Terra.

Utilizando ainda os elementos para dividir Árvore da Vida [ou Otz Chiim] da seguinte maneira: ao Fogo atribui-se a Sephira de Kether, o número 1, à Água corresponderiam as Sephiroth [plural de Sephira] de Chokmah e Binah, 

os números 2 e 3, ao Ar corresponderiam as Sephiroth de Chesed, Geburah, Tiphareth, Chesed, Hod e Yesod, numeradas respectivamente por 9,8,7,6,5,4,3 e 2, por fim, a Terra seria correspondente a Sephira de Malkuth, 10.


Se utilizarmos a árvore da vida no Arranjo anterior para analisar o homem, o Fogo corresponderia à sua essência espiritual [Jechidah] , a Água representaria seus aspectos criativos e transmissivos [Chiah e Neschamah], 

o Ar representaria suas qualidades mentais e morais [Ruach], enquanto a Terra representaria seu veículo físico [Nephesch].

Os quatro elementos também podem ser atribuídos a quatro Arcanjos, o Fogo seria o elemento de Micael, a Água de Gabriel, o Ar de Rafael e a Terra de Auriel [ou uriel].

A correspondência feita com as Armas mágicas seria a de relacionar o Fogo à baqueta, a Água à Taça, o Ar à Espada e a Terra ao Pentáculo, sendo que o magista representaria o quinto elemento, o Espírito.

Pode passar desapercebido ao leigo, mas em todas a culturas encontra-se a caracterização dos elementos através de mitos e lendas, nos sistemas mágicos podemos encontrar alguns seres que, conforme o entendimento do magista, 

podem de fato existir ou ter uma consideração meramente simbólica. Geralmente atribuí-se ao Fogo as Salamandras, à Água as Ondinas, ao Ar os Silfos e à Terra os Gnomos.

Porém, deve ser observada a influência da magia elemental em todas as culturas, por exemplo, no Brasil, têm-se no meio de lenda os Saci-Pererê, como uma representação dos Gnomos, o Boitatá como uma representação equivalente às Salamandras, 

a Iara ou a Alamoa como uma representação equivalente às Ondinas e os Silfos normalmente são representados por lendas envolvendo aves como a do Uirapuru e do Biguá. 

O mesmo ocorre em outros povos, como o mito do Thunderbird nos EUA, para os Silfos ou os Duendes na Irlanda para os Gnomos.

Fonte Internet

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